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Nacional
Terça - 04 de Janeiro de 2011 às 19:01

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O corpo do senador Eliseu Resende (DEM-MG) foi enterrado na tarde desta terça-feira no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte.

Resende morreu aos 81 anos na noite de domingo no Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, por falência múltipla de órgãos. 

No lugar de Resende, que tinha mandato até 2015, assumirá o suplente Clésio Andrade (PR-MG), presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e ex-vice-governador de Minas (2003-2006).

O corpo foi velado desde a tarde de ontem na Assembleia Legislativa de Minas.

Segundo o Incor, o senador foi internado no dia 28 de novembro para fazer exames. Um câncer de cólon foi detectado. Resende também apresentava problemas cardíacos e renais.

O senador sofreu duas operações, uma no dia 8 e outra em 24 de dezembro.

Resende nasceu em 1929 e era formado em engenharia civil pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Professor de engenharia, Resende começou na vida pública como diretor-geral do Departamento de Estradas de Rolagem de Minas.

De 1979 a 1982, o senador foi ministro dos Transportes do governo João Figueiredo.

Ele saiu do ministério para disputar o governo de Minas. Foi derrotado por Tancredo Neves.

Depois de passar por diversos conselhos de administração de estatais e empresas privadas, Resende foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco por pouco mais de dois meses.

De 1995 a 2006, Resende exerceu três mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados.

Há quatro anos, ele venceu a eleição para o Senado, vencendo o ex-governador Newton Cardoso.

PLANO FRUSTADO

A morte do senador frustrou os planos do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) de ter uma bancada mineira unificada na oposição e à sua disposição. O outro senador do Estado a partir de fevereiro é Itamar Franco (PPS).

Apesar de ter sido vice no primeiro mandato de Aécio no governo mineiro (2003-2006), Clésio tinha pouca sintonia com o governador.

Nas eleições de 2010, apoiou a candidatura derrotada de Hélio Costa (PMDB) para governador e Dilma Rousseff para presidente.

Durante a disputa, Clésio foi criticado por Aécio por criar um comitê "Helécio", propondo o voto casado em Costa e no tucano, ignorando o afilhado político de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB).

A morte do senador também tirou do DEM o título de quarta maior bancada do Senado a partir de fevereiro.

Caindo de seis para cinco senadores, o DEM será superado pelo PTB, que tem seis cadeiras e passará a ser a quarta bancada, atrás de PMDB, PT e PSDB, nessa ordem.






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