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Politica Brasil
Terça - 04 de Janeiro de 2011 às 17:06

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O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta terça-feira que o governo federal vai vetar qualquer reajuste que aumente o salário mínimo para mais de R$ 540.

"Neste momento, é temerário nós aumentarmos [o mínimo] para mais de R$ 540. Se vier alguma coisa diferente, nós vamos simplesmente vetar", disse o ministro, citando a necessidade de conter os gastos públicos para, entre outras coisas, facilitar uma queda maior nos juros e evitar uma maior valorização do real.

"É o cumprimento de uma política de aumento salarial que foi acertada com os trabalhadores. Ela deve ser posta em prática, se não vira uma brincadeira, uma hora a gente acerta uma coisa e, depois, não fica conveniente e muda", reiterou o ministro.

O mínimo de R$ 540 foi calculado com base numa política que considera o crescimento da economia ocorrido dois anos antes do aumento ser concedido.

Como em 2009 a expansão da economia brasileira ficou perto do zero por causa da crise internacional, o ganho real do mínimo em 2011 também seria de zero.

Os R$ 540 estão em vigor desde o começo do ano por força de uma medida provisória editada pelo governo, mas para vigorar definitivamente ainda é necessária aprovação no Congresso.

No entanto, o próprio governo reconheceu ontem, discretamente, que o reajuste do mínimo ficará abaixo da inflação pela primeira vez desde 1997.

A portaria que elevou os benefícios previdenciários utilizou o percentual de 6,41%, mostrando qual é o cálculo oficial para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado no ano passado.

Já o salário mínimo teve reajuste de 5,9% ao ser elevado para R$ 540, o que, considerando o INPC projetado, corresponde a uma perda de 0,5% de seu poder de compra.

Para repor a inflação acumulada, o mínimo deveria subir para exatos R$ 542,69, valor que provavelmente seria arredondado para R$ 545.

PMDB

Insatisfeito com a partilha de cargos no governo Dilma, o PMDB já fala em modificar o valor.

Nesta terça-feira, os peemedebistas cobraram uma reunião com a equipe econômica para discutir outro valor para o mínimo.

"Queremos discutir, queremos que a área econômica nos convença desse valor. Essa não tem que ser uma decisão partidária, mas a que representa o melhor para o país", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do partido na Câmara.

No Twitter, o deputado Eduardo Cunha (RJ) sinalizou qual será o valor exigido pelo PMDB. "Se o PDT, que tem o Ministério do Trabalho, vai apresentar emenda para aumentar o salário mínimo para [R$] 580, o PMDB tem que ao menos pedir [R$] 560."






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