Pivô de crise, Erenice Guerra reaparece no Planalto durante posse
Minutos após dizer no Congresso que em seu governo "não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito", a presidente Dilma Rousseff cumprimentou no Planalto a pessoa que encarnou tudo isso durante a campanha presidencial: a ex-ministra Erenice Guerra.
Antigo braço direito de Dilma, a ex-chefe da Casa Civil foi afastada após denúncias de tráfico de influência envolvendo sua família. O "Erenicegate", como ficou conhecido o escândalo, ajudou a levar a eleição presidencial para o segundo turno.
Presente também ao coquetel do Itamaraty, Erenice, escanteada por Dilma no auge da crise, ficou numa área do palácio restrita a convidados especiais. "O convite chegou em casa", disse.
Antecessor de Dilma na Casa Civil, José Dirceu também compareceu à posse. Mas optou pela discrição.
"Não vou falar, porque eu falo bobagem. Da última vez que falei, a Evanise [sua mulher] brigou comigo", disse.
Dirceu, deputado cassado no escândalo do mensalão, permaneceu no mesmo lugar no momento em que Dilma se aproximou da área reservada a ex-ministros. Enquanto outros convidados se aglomeravam em torno da presidente, manteve-se no fundo.
Reverenciado por outros convidados, Dirceu deixou o palácio ao lado de Eduardo Campos (PSB), Marcelo Déda (PT) e Teotonio Vilela (PSDB).
Comentários