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Politica Brasil
Quinta - 30 de Dezembro de 2010 às 14:35
Por: Roger Pereira

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O governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), disse nesta quinta-feira, em entrevista coletiva de encerramento de mandato, que ainda aguarda um convite da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para integrar, ao menos, o segundo escalão do governo federal.

Nào escondendo a frustração de não ter sido lembrado para um ministério, o governador, que abriu mão de disputar a reeleição atendendo a apelo do presidente de seu partido, Michel Temer (vice-presidente eleito) para apoiar Osmar Dias (PDT) e formar um palanque único para Dilma no Estado, disse que espera ser contemplado com o comando de uma estatal ou uma diretoria na Petrobras ou em um dos bancos públicos.

"Foi falado aqui em Curitiba, pelo Temer e pela Dilma, que eles gostariam de contar comigo em Brasília no ano que vem", disse o governador, que argumentou que, apesar de Dilma ter perdido a eleição no Paraná, a aliança e o empenho de seu grupo político no Estado foram fundamentais para que a diferença não comprometesse a vantagem de Dilma no quadro nacional.

"Além disso, o acordo no Paraná, com o PMDB abrindo mão da candidatura para apoiar o candidato indicado pelo PT possibilitou acertos nacionais, como o acordo em Minas Gerais, onde ocorreu o inverso", disse.

Apesar disso, o governador avaliou como equivocada a estratégia de candidatura única do grupo político no Estado. "Se tivéssemos a minha candidatura e uma do PT, levaríamos a eleição para o segundo turno, quando os deputados e senadores poderiam se dedicar mais à campanha para governador. Descartaríamos a possibilidade de derrota no primeiro turno, o que acabou acontecendo".

Pessuti disse que entrega o Estado para o governador eleito Beto Richa (PSDB), "bem melhor do que quando recebi, em abril", quando o ex-governador Roberto Requião (PMDB) renunciou para se candidatar ao Senado, deixando o cargo para o vice, Pessuti. "Claro que não deu para fazer tudo que queríamos, pois tivemos apenas nove meses de mandato, ainda em último ano, com as restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal, e em ano eleitoral", disse.

Pessuti contestou dados do relatório da equipe de transição de Richa, que apontou R$ 1,5 bilhão em déficit nos cofres do Estado, dizendo que deixará o governo "com todos os compromissos honrados e numa situação privilegiada". O governador também lamentou o rompimento com seu antecessor, Requião, "não que tenha feito muita falta, mas o fato de ele não apoiar criou algumas dificuldades. E, talvez, tenha sido essa a intenção".





Fonte: Terra

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