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Politica Brasil
Segunda - 27 de Dezembro de 2010 às 17:43

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a imprensa nesta segunda-feira (27), sugerindo que a mídia não pode fazer uma versão "vesga" dos fatos.

"Hoje tomei café da manhã com os jornalistas e um deles perguntou como é que eu queria ser lembrado quando eu deixasse a Presidência. Eu disse para ele que dependia do jornal que ele lesse, dependia da revista que ele lesse, da TV que ele assistisse", afirmou.

"Não pode ser uma coisa vesga", completou, mais adiante, em um evento à tarde na sede da CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

O presidente falou ainda em seu discurso de um texto de revista --ele não citou qual-- que classificou como "engraçadíssimo".

"Chega a ser uma coisa hilariante. [Para a revista], os grandes ganhadores de 2010 são o [José] Serra e a Marina [Silva], e o perdedor é a Dilma."

Hoje de manhã, Lula já havia feito ressalvas a setores da mídia que, a seu ver, não aceitam crítica.

Durante café da manhã com jornalistas, descartou um "controle da mídia", mas pediu "responsabilidade".

A imprensa, para ele, "precisa parar de achar que não pode ser criticada, porque toda a vez que é criticada diz que é censura".

ANTES

Lula também fez críticas a gestões anteriores, afirmando que outros governos não sabiam aplicar bem os recursos disponíveis.

"No país, o problema não era a falta de recurso, era a falta de preparo para aplicar os recursos que muitas vezes eram disponibilizados. Não foram poucas as vezes em outros momentos da história que se disponibilizava dez, e terminava o ano não haviam sido gastos os dez", disse.

No fim do discurso, Lula afirmou que deixará a Presidência, mas estará dentro da política. Disse que o povo poderá contar com ele para manifestações, desde que não sejam contra o governo de sua sucessora.

"Da mesma forma que eu trabalhava todo santo dia para provar que um operário poderia dirigir este país, ela [Dilma] vai ter a mesma incumbência de provar que uma mulher não é cidadã de segunda classe e pode governar com muita competência este país."






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