Preso em operação, prefeito de Macapá pede liberdade no Supremo
O prefeito de Macapá (AP), Roberto Góes, entrou nesta segunda-feira com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele foi preso em sua casa pela Polícia Federal na manhã de sábado.
A prisão é mais uma etapa da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de desvio de verbas federais no Amapá por políticos, funcionários públicos e empresários do Estado.
O advogado de Góes diz que a prisão foi decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) com base no argumento de que o prefeito deve prevenir os desvios de seus subordinados. Para a defesa, a prisão não tem fundamento.
Como o Supremo está em recesso, o pedido liminar deve ser analisado pelo presidente do tribunal, Cezar Peluso.
Ontem, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT, declarou que o partido vai aguardar os desdobramentos do caso que levaram à prisão do prefeito de antes de decidir se haverá punição contra ele.
Segundo o STJ, há fortes evidências da participação de Góes no suposto esquema.
Além do desvio de dinheiro, através de licitações fraudulentas, o prefeito é suspeito de tentativa de ocultação e destruição de provas, o que teria motivado a prisão. Os papéis dariam aparato legal a despesas.
Após a prisão, Roberto Góes foi transferido para Brasília, onde seria ouvido e ficaria preso.
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