PPS estadual planeja 1º trimestre com mudanças nos diretórios municipais

O secretário-geral do PPS estadual, Antônio Carlos Máximo, afirmou que, até o final deste ano, conclui o levantamento com "raio-x" dos diretórios municipais do partido e correligionários que apoiaram candidatos de outras siglas e coligações na eleição deste ano. Após este trabalho, e mais especificamente no próximo trimestre de 2011, o diretório estadual pretende fazer um "limpa" dissolvendo diretórios do partido nas cidades e instituindo comissões provisórias.

De acordo com o secretário, o cronograma do partido é de que nos três primeiros meses do próximo ano seja realizado o trabalho de formação das comissões provisórias nos municípios em que os correligionários não corresponderam as expectativas durante a eleição de 3 de outubro. "Vamos iniciar o trabalho de reestruturação do partido nos municípios a partir do próximo trimestre. Onde a atuação foi pífia iremos formar uma nova comissão provisória para que ela articule a PPS local", explicou.

Conforme Só Notícias já informou, Antônio é responsável por este trabalho que deverá passar pela investigação e análise da comissão de ética do PPS estadual. No caso dos diretórios municipais, será feito estudo se os membros do partido local e filiados se esforçaram em defender a votação dos nomes da coligação.

Ele explicou que há casos, em alguns município, em que há vereadores e prefeitos eleitos pelo PPS, mas que a votação para os candidatos da coligação (estadual e federal) na cidade foram pífios. Ou seja, o diretório estadual quer uma explicação desta falta de empenho destes agentes partidários. "Cada caso será analisado separadamente. Se ficar comprovado que não houve empenho ou apoio para candidatos de outros partidos, o diretório municipal deverá ser dissolvido e uma nova comissão executiva local provisória deverá ser composta por novos membros. Foi uma decisão da direção nacional do PPS em reunião no último final de semana", disse anteriormente.

A comissão de ética também terá muito trabalho para analisar a situação dos oito prefeito eleitos pelo PPS. De acordo com Máximo, quatro dele pediram oficialmente licença para apoiar a então candidatura do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB). São eles: Gaspar Lazari (Confresa), Benedito de Oliveira (Porto Estrela), Reinaldo Coelho Cardoso (Santo Antônio do Leste) e Lorival Martins (Canabrava do Norte)

Já outros quatro não fizeram qualquer tipo de comunicado oficial ao partido sobre sua posição política: Marino Franz (Lucas do Rio Verde), Filemon Limoeiro (São Félix do Araguaia), Wilson José de Barros (Alto Araguaia) e Railda de Fátima Alves (Nova Nazaré).

"O conselho de ética vai analisar todo o caso, intimar as pessoas envolvidas para que apresentem defesa e somente depois de tudo isso que irá emitir um parecer sobre o caso. Com este documento, é que o partido decidirá que medida será tomada". Máximo explicou que a punição pode ir de uma simples advertência até o extremo que é a expulsão dos quadros do partido.