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Ministério Público do Acre pede a cassação dos irmãos Viana
O Ministério Público Eleitoral do Acre pediu a cassação do registrou ou do diploma do governador eleito do Acre, Tião Viana (PT), do irmão dele Jorge Viana (PT), eleito para o Senado, de outros seis políticos da chapa majoritária Frente Popular do Acre, grupo liderado pelos petistas. Eles são acusados de supostos abuso do poder econômico, abuso de poder político e utilização irregular dos meios de comunicação.
De acordo com a assessoria de imprensa da Procuradoria Eleitoral, os políticos usaram servidores públicos na campanha, utilizaram o apoio de empresários com a esperança de favorecimento em licitações e organizaram um "esquema de financiamento de campanha", além de terem convocado trabalhadores de empresas dependentes da administração estadual e municipal para reuniões e atos de campanha.
Os processos apontam ainda o uso da rádio e da TV do Estado para favorecer os candidatos.
INVESTIGAÇÕES
As ações fazem parte de uma série de investigações iniciadas nas vésperas das eleições, quando a Polícia Federal, portando mandados de busca e apreensão, recolheu documentos, computadores e outros equipamentos de informática do gabinete do governador, da Prefeitura de Rio Branco, da Secretaria Estadual de Comunicação e da Assembleia Legislativa do Acre.
Na época, a intervenção realizada a pedido do Ministério Público Eleitoral teve o objetivo de apurar denúncias de que jornalistas ligados ao governo do Estado estariam trabalhando na campanha de Tião Viana.
No dia 4 de novembro, a PF deflagrou também a Operação Terra Caída, investigando possíveis irregularidades em doações para a campanha eleitoral no Estado.
Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos, computadores e pendrives em seis endereços de Rio Branco e três de São Paulo.
Por meio de sua assessoria, Tião Viana afirmou que seus advogados apresentarão defesa contra as acusações e que o questionamento judicial é um dos mecanismos da democracia. Ele evitou comentar sobre as acusações feitas pela Procuradoria Eleitoral. "Essa situação vai ser tratada dentro do processo jurídico. Faz parte do processo democrático."
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