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Meio Ambiente
Sábado - 11 de Dezembro de 2010 às 21:46

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A conferência sobre mudanças climáticas em Cancún, concluída neste sábado, superou as baixas expectativas e se tornou um "sucesso surpreendente", segundo análise da revista The Economist.

Representantes de 194 países aprovaram --apesar da oposição isolada da Bolívia-- acordos que incluem os pontos mais importantes do Acordo de Copenhague, a carta de intenções que foi produzida na reunião de 2009, e introduzem avanços importantes e criam expectativas para que um acordo vinculante seja assinado no ano que vem.

A revista diz que, ao aprovarem os textos finais da reunião, os participantes do evento aplaudiram com entusiasmo porque perceberam que "os documentos podem, de fato, ser adotados [pelos países] e que as feridas abertas com o fracasso [da conferência prévia] de Copenhague podem ser curadas".

Elogiando os esforços diplomáticos mexicanos --país-sede da conferência--, a "Economist" diz que os acordos não-vinculantes assinados em Cancún trazem "avanços", ainda que "modestos".

Entre esses avanços está o REDD (sigla para redução de emissões por desmatamento e degradação), mecanismo de conservação das florestas, mas também houve em Cancún mostras de "novas formas de fazer as coisas, em vez de apenas falar sobre elas".

EXPLICAÇÕES

Quanto ao porquê de Cancún ter sido relativamente bem-sucedida, a revista aponta que um motivo inicial eram as "baixas expectativas" geradas pelo fracasso em Copenhague em 2009.

"Um fracasso semelhante teria matado as conversas multilaterais sobre o clima, e muitas das partes valoram o processo o suficiente para fazer concessões extras" para que a reunião fosse concluída com êxito, diz a Economist.

Além disso, a China, "que não gostou de ter levado a culpa por Copenhague", esforçou-se para não ser responsabilizada outra vez e provavelmente convenceu outros relutantes países em desenvolvimento a aderir ao acordo.

E a liderança mexicana "fez muito para assegurar aos países que suas opiniões estavam sendo ouvidas e que não havia conversas secretas subvertendo o processo".

A revista conclui que os resultados de Cancún não são extraordinários nem suficientes para a redução do aquecimento global, mas indicam um "início de mudança".






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