Procuradoria Eleitoral do Amazonas pede a inelegibilidade de Alfredo Nascimento

A Procuradoria Regional Eleitoral do Amazonas pediu ontem ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que o senador Alfredo Nascimento (PR), candidato derrotado ao governo, e a senadora eleita Vanessa Grazziotin (PC do B) sejam considerados inelegíveis por oito anos, por suposta compra de votos durante a campanha eleitoral deste ano.

Na ação apresentada contra Vanessa, a Procuradoria pediu também a cassação do registro dela e do marido, o deputado estadual Eron Bezerra (PC do B).

Segundo a Procuradoria, Alfredo Nascimento é acusado de distribuição de gasolina para eleitores em uma carreata, que aconteceu em agosto na cidade de Humaitá (600 km ao sul de Manaus). O órgão diz que, entre as provas do suposto crime, há o depoimento de uma proprietária do posto de combustível e comprovantes de pagamentos em cheques.

De acordo com a representação contra Vanessa, ela e o marido foram beneficiados por uso indevido da estrutura da Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural), da qual Bezerra --que concorreu a deputado federal e perdeu-- era secretário até o mês de abril. Entre agosto e setembro, diz a procuradoria, milhares de equipamentos agropecuários foram doados a moradores do interior do Amazonas com o objetivo de angariar votos aos candidatos.

Por meio do advogado José Fernandes Júnior, o senador Alfredo Nascimento disse que não doou combustível na carreata nem autorizou a doação.

O advogado do casal Vanessa e Bezerra, Delcio Luís Santos, afirmou que não foi notificado ainda da ação pelo TRE. Disse que o casal nega a acusação.