O Ministério Público (MP) do Paraná ofereceu nesta segunda-feira à Justiça denúncia contra cinco vereadores de Maringá (noroeste do Estado) e seis assessores parlamentares por crime de peculato, desvio e apropriação de dinheiro público. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os vereadores são acusados de manter funcionários fantasmas em seus gabinetes.
Os seis funcionários, conforme a denúncia, batiam ponto na Câmara, mas não trabalhavam. "Tinha casos de empregados em áreas diferentes, como um que era padeiro e outro que fazia promoção de shows, e alguns simplesmente registravam entrada na Câmara e depois seguiam para casa, voltando no final do dia para assinalar sua "saída" no ponto biométrico", diz a denúncia assinada pelos promotores de Justiça Laércio Januário de Almeida e Arisângela Cristina Vargas da Silva.
De acordo com a denúncia do Gaeco, amparada em inquérito policial, os vereadores Belino Bravin Filho (PP), Mario Sergio Verri (PT), Carlos Eduardo Sabóia Gomes (PMN), Aparecido Domingos Regini (PP) e Evandro Junior (PSDB) foram requeridos como coautores da prática criminosa, por omissão em virtude do crime praticado por seus contratados.
Toda a ação dos servidores está documentada com registros fotográficos e em vídeo. As penas previstas chegam a 12 anos de prisão para cada delito apurado. O MP-PR também requereu a perda do cargo, função pública e mandato eletivo dos denunciados.
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