Temer articula deixar votação de reajuste para depois de sua saída da Câmara
O presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), articula com colegas deixar a votação do reajuste dos salários do Legislativo e Executivo para depois de sua saída.
Como Temer planeja renunciar em 15 de dezembro, dois dias antes de sua diplomação como vice, a proposta de aumento deve ser pautada na última semana de trabalho no Congresso.
O intuito é evitar que o peemedebista comece no Executivo como mentor de uma iniciativa impopular.
Assim, Marco Maia (PT-RS), o vice-presidente da Câmara, comandará a sessão que vai conceder o aumento. Para ele é interessante, já que é pré-candidato à presidência da Casa.
A Folha revelou, em novembro, as articulações para aumentos para as cúpulas do Legislativo e Executivo.
Sobre os novos valores do Legislativo, deputados defendem a equiparação com os ganhos dos ministros de Supremo Tribunal Federal (R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil).
O impacto vai gerar um efeito cascata no salário dos 1.059 deputados estaduais e dos 52 mil vereadores.
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