Empresários de MT debatem competitividade no maior encontro da indústria no Brasil

A competitividade como grande prioridade estratégica nacional reflete a síntese dos assuntos abordados na maior convenção industrial do Brasil, o ‘Encontro Nacional da Indústria’ - organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) - que está sendo realizado desde ontem (01/12) e termina nesta quinta-feira (02/12), em São Paulo. O evento tem a participação de um grupo de 45 empresários mato-grossenses, representantes do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt).

Durante dois dias, temas como inovação, meio ambiente, comércio exterior, investimentos, infraestrutura, macroeconomia, educação, tributação, entre outros, e a competitividade como eixo central dessas discussões, reuniram cerca de 2 mil empresários de todo o país que participaram de palestras e debates na quinta edição do Enai. “São discussões do mais alto nível. O evento é sempre uma ótima oportunidade para atualizar conhecimentos e, principalmente, captar informações e experiências que possam ser aplicadas em âmbito regional”, avalia o presidente em exercício do Sistema Fiemt, Jandir Milan.

A burocracia também foi um dos assuntos latentes em diversas discussões, caracterizada como um dos freios do crescimento econômico, que reflete em todos os setores. “Há muita lentidão nas reformas brasileiras, a burocracia inibe o investimento, onera o processo produtivo, estrangula a expansão das empresas, principalmente das micro e pequenas, desestimula os empresários, entre outras consequências que se tornam um entrave para o desenvolvimento industrial”, comenta Milan.

Do Enai 2010 resultou a Carta da Indústria, que será entregue à presidente eleita, Dilma Rousseff, com o posicionamento da indústria brasileira perante os principais pontos que comprometem a competitividade do setor. “Há riscos para a estrutura industrial do país. Quanto mais lento for o processo de reformas pró-competitividade, maiores serão os riscos para a indústria brasileira. O Brasil oferece oportunidades para uma indústria maior e melhor. Mas é preciso isonomia em relação aos nossos competidores”, decreve um trecho do documento.