Jorge Gerdau nega convite de Dilma para ocupar ministério
O empresário Jorge Gerdau negou nesta quinta-feira ter sido convidado para ocupar um ministério no governo Dilma Rousseff. Ele já deixou o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do comando do governo de transição, depois de se reunir por cerca de 30 minutos com a presidente eleita.
Ao sair, Gerdau afirmou que os dois discutiram visões de gestão e obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Perguntado se teria interesse em ocupar um ministério, ele apenas riu, e disse que o motivo do encontro não era a montagem de governo.
Gerdau afirmou que Dilma é uma gestora muito sólida, firme e com estusiasmo. Ele está em Brasília porque compõe o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido por "Conselhão", que se reúne ainda hoje.
A Folha mostrou na terça-feira que Dilma já fez três sondagens a um dos principais homens da siderurgia brasileira. Primeiro foi para o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), mas o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau não se entusiasmou com a ideia, conforme interlocutores.
Dois outros destinos são agora analisados: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o comando do "Conselhão" que foi criado para discutir e formular políticas de desenvolvimento para o país.
No passado, Gerdau chegou a integrar uma lista de Lula para assumir o MDIC, proposta também recusada por ele por alegar conflito de interesses.
Pessoas ligadas a Dilma o definem como "o ministro de seus sonhos". O eventual desembarque de Gerdau no Executivo traria para o time alguém renomado fora do mundo político, uma "estrela" alçada para além das negociações partidárias, como muitos na transição gostam de definir.
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