Promotoria pede novamente prisão de acusados de matar a advogada Mércia Nakashima
O Ministério Público apresentou nesta terça-feira novo pedido de prisão preventiva do ex-policial Mizael Bispo de Souza e do vigia Evandro Bezerra da Silva, acusados de matar a advogada Mércia Nakashima, ex-namorada de Mizael.
O promotor Rodrigo Merli Antunes afirmou que anexou ao processo 17 novos fundamentos que justificam o pedido. "São fundamentos concretos de situações de constrangimento, ameaça e perseguição de testemunhas, de forjar e tentar eliminar provas, além da fuga. Mizael demonstrou e verbalizou que nunca vai se dar por vencido e sempre vai fugir enquanto não tiver uma decisão favorável a ele", disse o promotor do caso.
Segundo Antunes, o juiz Leandro Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos (Grande São Paulo), pode decidir na semana que vem se aceita ou não o pedido de prisão preventiva dos réus.
O pedido foi feito junto com as alegações finais do processo. A defesa de Mizael tem até quinta-feira (2) para se manifestar. Após esta data, o juiz terá até dez dias para decidir se os réus irão ou não para júri popular.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que o julgamento dos acusados pelo assassinato da advogada Mércia Nakashima será em Guarulhos, onde moram os réus e onde morava Mércia.
A defesa de Mizael havia pedido a transferência para Nazaré Paulista (64 km de São Paulo), porque um laudo apontou que a advogada morreu afogada em uma represa da cidade, onde seu corpo foi encontrado.
CRIME
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio. Seu carro foi encontrado na represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho, e seu corpo no dia seguinte.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime
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