Após pressão, Dilma decide manter Haddad na Educação
Após pressão do presidente Lula pela manutenção de Fernando Haddad no Ministério da Educação, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), informou a auxiliares, na noite de ontem, que decidiu fazer o convite para sua permanência no cargo.
A decisão decorre de uma espécie de campanha aberta por parte de Lula, que dedicou todo o dia de ontem para promover Haddad, cuja imagem foi arranhada pelas falhas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A escolha, no entanto, contraria parte do PT, que resistia à ideia por considerar que Haddad não tem relação política com a bancada.
Lula começou o dia ao lado do ministro em um evento para inaugurar 25 campi (todos eles em funcionamento) e 30 escolas de ensino profissional (18 delas já abertas e as demais com obras concluídas para início das aulas no primeiro semestre de 2011).
"É dia de agradecimento. Só conseguimos fazer o que nós fizemos porque o companheiro Fernando Haddad conseguiu montar uma equipe competente", disse Lula.
Apesar das indiretas, Lula repetiu a frase de que Dilma tem que montar uma equipe com a sua cara. "Se você monta o time e não controla os jogadores, os jogadores derrubam o técnico."
Lula criticou os antecessores dizendo que não investiam em educação e, com isso, criaram um exército de jovens sem oportunidades.
No auge da recente crise do Enem --que nesta edição apresentou até falhas de impressão nas provas--, diversos reitores de universidades federais assinaram manifesto em apoio ao ministro.
Haddad retribuiu os elogios de Lula e disse que o presidente deixará saudades.
À tarde, Lula e Haddad entregaram prêmios aos gestores da merenda escolar --entre eles, o filho do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua (PA)-- e a estudantes que venceram a Olimpíada da Língua Portuguesa.
Depois, os dois discutiram os detalhes para o lançamento do Plano Nacional da Educação.
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