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Politica Brasil
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 16:15

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O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, evitou comentar nesta quinta-feira o convite que recebeu da presidente eleita, Dilma Rousseff, para continuar presidindo o banco de fomento do governo.

"Não posso comentar a respeito. Só poderei comentar isso quando houver a definição por quem é de direito. Então, eu me resguardo de não comentar", disse Coutinho, que interrompeu sua participação em um evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em Belo Horizonte, no final da manhã desta quinta, porque fora chamado a Brasília para uma reunião com o presidente Lula.

Ele disse que faz reuniões constantes com o presidente e que o chamado foi para tratar mais uma vez desses "assuntos normais". O único comentário que fez sobre o novo governo foi: "Acredito que a linha predominante da futura presidente é de continuidade. Pode mudar as pessoas, mas não a orientação".

Na sede da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Coutinho mais uma vez disse que o BNDES e o Ministério da Fazenda preparam um "ajuste" para que o setor financeiro privado participe mais do financiamento do investimento nacional.

Ele não falou sobre valores que o banco terá para disponibilizar e se haverá grandes cortes na linha de financiamento. Disse que tudo isso está sendo definido com o ministro Guido Mantega (Fazenda).

"Eu tenho reuniões com ele para fazer esse ajuste final. O que temos comentado entre nós é que haverá redução natural, porque a gente quer abrir espaço para o setor [financeiro] privado."

Coutinho disse que estão sendo feitos "exercícios de maneira a abrir espaço para o setor privado, para o setor financeiro privado compartilhar o financiamento do investimento junto com o BNDES".

Ele disse não ter números finais acertados e que o processo ainda é de "calibragem". "Mas muito provavelmente abriremos um espaço para o desenvolvimento do setor financeiro privado", repetiu, afirmando que estão sendo estudadas pelo ministério medidas que vão permitir aos bancos emprestar em prazos mais longos.

Estão em estudos incentivos ao mercado de capitais, apoio ao desenvolvimento de debêntures privadas e outra "série de medidas", que, conforme Coutinho, estão "bastante maduras, dependendo de entendimentos finais pelo Ministério da fazenda".






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