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Politica Brasil
Sábado - 20 de Novembro de 2010 às 04:14

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A pedido do juiz José Henrique Torres, presidente do 1º Tribunal de Júri de Campinas (SP), a Polícia Civil vai reabrir as investigações para apurar as circunstâncias da morte do prefeito da cidade Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado com um tiro em 10 de setembro de 2001.

Os sete volumes do processo composto de cerca de 20 mil páginas foram entregues nesta sexta feira ao delegado seccional de Campinas, José Carneiro Rolim Neto. Ele deve indicar, na próxima semana, o delegado responsável em conduzir as novas investigações do crime, que permanece sem uma conclusão final.

Pela denúncia do Ministério Público de Campinas, o sentenciado a mais de 400 anos em regime fechado por sequestros, Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, que está detido na Penitenciária de Presidente Bernardes, teria atirado contra o carro do prefeito quando ele seguia pela avenida Mackenzie, após sair de uma loja de roupas do Shopping Iguatemi da cidade.

Segundo o Departamento de Proteção a Pessoa (DHPP), que entrou na investigação na época, o prefeito Toninho estava "no lugar errado e na hora errada". Para a Polícia Civil, Andinho estava em fuga acompanhado de mais três amigos em um automóvel quando cruzou com o Fiat Palio do prefeito que "atrapalhou sua fuga".

Entretanto, o juiz Torres não vê indícios suficientes para apontar o sequestrador Andinho como responsável pela morte do prefeito. A arma de calibre 9 mm, que matou o prefeito, nunca foi encontrada.

Andinho foi preso e denunciado por sequestros, extorsão e latrocínio. Em juízo, confessou dezenas de crimes, mas negou qualquer relação com a morte do prefeito de Campinas em 2001. Os outros acusados de pertencer ao grupo do suspeito, que supostamente estariam no carro com ele na noite em que o prefeito morreu, foram mortos em uma ação de policiais civis em uma casa em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.

O retorno da investigação da morte era esperado pela família de Toninho. A viúva Roseana Garcia disse que a perda de seu marido teve motivação política por "atrapalhar e desagradar interesses de muita gente". Os familiares pedem a entrada da investigação da Polícia Federal no caso.

Em cinco anos, a partir do movimento em praça pública e por um site criado para solucionar o caso, foram angariadas mais de 53 mil assinaturas de pessoas pedindo a entrada da PF nas investigações. Um pedido nesse sentido foi protocolado na Procuradoria Geral da República, em Brasília, no ano passado e continua sem resposta.





Fonte: Terra

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