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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Novembro de 2010 às 13:30

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A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira 42 mandados de prisão contra suspeitos de pertencer a uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas, que mandava para Europa e África cocaína proveniente da Bolívia. Dos mandados cumpridos, 20 mandados eram para pessoas que já estavam presas e outros 22 contra pessoas que foram presas hoje em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio e Minas. 

Ao todo, foram expedidos 50 mandados de prisão. Segundo informações da polícia, sete são contra estrangeiros e foram encaminhados com alerta para a Interpol. Entre os estrangeiros estão bolivianos, colombianos, africanos e ao menos um europeu. Um outro mandado foi expedido contra um brasileiro que está foragido. Estão sendo cumpridos também 38 mandados de busca e apreensão.

Investigações da PF apontam que a quadrilha movimentou cerca de R$ 28 milhões apenas nos últimos dez meses. A droga, vinda da Bolívia, chegava ao Brasil escondida na fuselagem e nas asas de aviões que pousavam em pistas clandestinas do país.

Aqui, era transportada de caminhão para depósitos em São Paulo. Parte da cocaína era refinada e distribuída para o mercado interno; outra parte era enviada à África e Europa.

As investigações que levaram à identificação do grupo tiveram início há 18 meses. Nesse período foram apreendidos mais de 2 toneladas de cocaína, produtos químicos para preparação e adulteração de drogas, armas e munições, uma aeronave e cerca de R$ 500 mil.

Segundo a polícia, o grupo atuava dividido em quatro células. A primeira seria formada pelos fornecedores da cocaína na Bolívia, onde a droga ficava armazenada até ser transportada para o Brasil.

A segunda seria formada pelos compradores da droga, que seriam traficantes brasileiros e estrangeiros, com atuação principalmente na cidade de São Paulo.

A terceira célula coordenaria os negócios do grupo no Brasil, sob a gerência de um assessor parlamentar que mora em Pereira Barreto (623 km de SP). Ele era um dos únicos que tinha conhecimento de como funcionava toda a organização. De maneira geral, uma célula não sabia quem atuava na outra.

A última célula seria composta pelos intermediários --colaboradores que cuidariam do transporte aéreo e terrestre da droga, e da guarda do entorpecente até o momento da entrega.

O dono de uma revenda de carros na cidade de São Paulo também foi preso. Ele é suspeito de coordenar o transporte da droga no país, usando a loja como fachada.

Os presos devem ser indiciados, de acordo com suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de cocaína, precursores químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração da droga; associação para o tráfico; financiamento do crime de tráfico; e tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito.






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