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PSOL defende salário mínimo de R$ 700 para ano que vem
Partido do candidato à Presidência derrotado Plínio de Arruda Sampaio, o PSOL defende salário mínimo de R$ 700 para 2011.
São R$ 161,85 a mais do que o governo de Dilma Rousseff aceitou, por ora, dar: R$ 538,15.
Também supera a proposta de R$ 600, da oposição puxada por PSDB e DEM.
Governistas já consideram esse valor um golpe no orçamento-- segundo cálculo do Ministério do Planejamento, cada aumento de R$ 1 no mínimo custa R$ 286 milhões aos cofres públicos.
Na matemática do deputado federal reeleito Ivan Valente, a conta fecha. "Para ter R$ 700, seriam necessários R$ 46 bilhões. Isso dá 44 dias de pagamento de juros da dívida pública, se pegarmos os R$ 380 milhões pagos em 2009, 36% do orçamento", disse.
A sugestão, afirma, não é dar calote nessa dívida, mas questionar as altas taxas de juros.
Valente lembra que o PSOL propôs a CPI da dívida pública, cujo relatório final foi apresentado no primeiro semestre.
O documento reconhece que o inchaço da dívida se deve, principalmente, aos juros elevados.
Em julho, o deputado escreveu artigo sobre o tema para a Folha.
Nele, afirma que "dados levantados pela CPI revelam como a dívida se tornou o nó da política econômica brasileira. De 1995 a 2009, ela saltou de R$ 60 bilhões para R$ 2 trilhões, sendo que R$ 1 trilhão foi pago apenas em juros e amortizações".
PROMESSA DE LULA
Para chegar aos R$ 700, o PSOL se baseou em promessa feita por Lula durante a campanha de 2002: dobrar o valor real do salário mínimo em seu mandato.
O piso era de R$ 200 quando o presidente assumiu o Planalto e foi para R$ 240 no primeiro aumento de sua gestão, em abril de 2003.
Plínio de Arruda defendia R$ 2.000 de salário mínimo durante a corrida presidencial-- quase o quadruplo do valor atual (R$ 510).
O deputado do PSOL chama classifica a proposta do aliado de "digna" e respeitosa à avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Para suprir "necessidades vitais básicas" (de educação a lazer), o trabalhador deveria ganhar ao menos R$ 2.132,09, segundo o departamento.
Valente, contudo, reconhece que a bandeira dos R$ 700 "é também factível para que possa ser viável no Congresso".
Ele ironizou, ainda, a sugestão de José Serra (PSDB) na campanha à Presidência. "Ele prometeu R$ 600 e também pagar religiosamente a dívida e fazer arrocho fiscal. Essa é a diferença da oposição conservadora com a nossa."
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