MT lidera novamente ranking do desmatamento na Amazônia Legal
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou em setembro o desmatamento de 170 km² de floresta, considerando apenas áreas com supressão total da floresta, onde o solo fica exposto.
A área detectada equivale a 106 vezes o tamanho do Parque Ibirapuera, em São Paulo, ou a pouco mais que 4 vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, no Rio. Só em agosto, haviam sido detectados 210 km² de devastação na Amazônia Legal, que engloba os estados do Norte, mais Mato Grosso e parte do Maranhão.
De acordo com o Imazon, a devastação registrada em setembro representa redução de 21% em relação ao mesmo período de 2009. No ano passado, a área desmatada somou 216 km² para o mês de setembro.
O Mato Grosso registrou 48% do desmatamento observado para setembro de 2010, segundo o Imazon. O estado também teve as cidades com maiores índices para o período. Os dois municípios que mais desmataram em setembro foram Colniza (16,8 km²) e Feliz Natal (15,4 km²), ambos em Mato Grosso, que ainda tem mais 4 cidades entre as 10 com mais desmatamento no período.
Pará foi o segundo estado com mais desmatamento no período, correspondente a 18% do total, seguido de Rondônia (14%), Amazonas (11%), Acre (7%), Roraima (1%) e Tocantins (1%).
O relatório também indicou degradação florestal de 500 km² em setembro, relativo a áreas intensamente exploradas pela retirada de madeiras ou por queimadas. Se somada ao mês de agosto, que completa o primeiro bimestre do calendário oficial de desmatamento, a degradação na Amazônia Legal foi de 2.055 km², representando aumento de 213% em relação ao valor registrado no mesmo período de 2009, quando foram observados 657 km² de degradação. Segundo o Imazon, o aumento é "extremamente expressivo".
Por conta da cobertura de nuvens em setembro de 2010, foi possível monitorar 83% da área da Amazônia Legal. A região não mapeada equivale a região amazônica do Maranhão e a áreas no Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará.
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