Governo quer limpar terreno para início de mandato de Dilma
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que se licenciou do cargo para se dedicar à campanha de Dilma Rousseff, disse no início da madrugada desta segunda-feira (1º) que o governo federal vai se esforçar para abrir caminho para a presidente eleita, evitando que ela tenha que tratar de temas espinhosos no início de seu mandato.
De acordo com Padilha, a prioridade número um do momento é votar o Orçamento do ano que vem no Congresso. Ele diz ainda que espera que os projetos que mudam o modelo de exploração do petróleo do pré-sal sejam votados antes que Lula passe a faixa presidencial a Dilma.
- Eu quero já nessa semana fazer conversas com os líderes da Câmara, que estão concluindo a votação na Câmara dos Deputados, para que a gente possa dar continuidade não só à votação dos projetos do pré-sal, mas, sobretudo, do Orçamento.
Durante rápida entrevista concedida na saída do Palácio da Alvorada, onde Lula, Dilma, ministros, governadores e apoiadores da campanha se reuniram, Padilha aproveitou para alfinetar a oposição ao falar sobre a transição do governo.
- Até o final do governo queremos entregar para a presidente eleita Dilma um país ajustado, muito diferente daquele que a gente recebeu em 2003.
Os últimos dois meses do ano deverão ser agitados no Congresso Nacional. Além das declarações de Padilha de que chamará os líderes partidários para conversar já nesta semana, o presidente da Câmara e vice-presidente eleito, Michel Temer, afirmou que já pretende comandar a sessão de quarta da Casa.
Com o fim das eleições, termina o chamado “recesso branco” do Congresso, em que parlamentares se afastam para fazer campanha. Além das votações importantes que o governo quer concluir até o fim do mandato de Lula, haverá ainda articulações para a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado.
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