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Internacional
Quinta - 28 de Outubro de 2010 às 20:22

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O corpo do ex-presidente argentino Néstor Kirchner será velado até as 10h (11h de Brasília) desta sexta-feira e, em seguida, será transportado para a sua cidade natal, em Río Gallegos (2.800 km ao sul de Buenos Aires), onde será sepultado em cerimônia privada, informou o governo.

O vice-secretário de Mídia, Alfredo Scoccimarro, disse que o velório, iniciado esta quinta-feira em Buenos Aires, durará toda a noite para permitir que as pessoas prestem homenagem a Kichner na Casa Rosada, a sede do governo argentino.

O porta-voz da Presidência disse também que, na sexta-feira, o caixão será levado para Santa Cruz, Província patagônica onde nasceu o ex-presidente. Segundo ele, Kirchner, que tinha 60 anos, será sepultado no cemitério municipal de Río Gallegos, em uma cerimônia íntima, que contará com a presença da viúva, a presidente Cristina Kirchner, e dos filhos do casal, Máximo e Florencia.

Desde às 10h (11h em Brasília) desta quinta-feira, o público tem acesso ao Salão dos Patriotas, na Casa Rosada, onde ocorre o velório do ex-presidente e líder peronista Néstor Kirchner. Uma fila de vários quarteirões ziguezagueava em diferentes ruas e avenidas portenhas, com milhares de cidadãos esperando para dar o último adeus ao líder do Partido Justicialista. O caixão está fechado, e coberto pela bandeira da Argentina, em meio a retratos de figuras históricas do continente como Getúlio Vargas, Juan Perón, Salvador Allende e Ernesto "Che" Guevara. Kirchner morreu ontem (27) de parada cardiorrespiratória.

A presidente Cristina Kirchner, viúva do ex-líder, chegou pouco depois do meio-dia com os filhos, Florencia, 19, e Máximo, 32, acompanhados por funcionários, líderes latino-americanos e governadores. Vestindo óculos escuros, Cristina pousou as mãos sobre o caixão e consolou a filha.

Os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Sebastián Piñera; do Equador, Rafael Correa; e do Uruguai, José Mujica, já chegaram ao velório para prestar homenagem a Kirchner. Nas próximas horas são esperados os líderes da Venezuela, Hugo Chávez; do Paraguai, Fernando Lugo; da Colômbia, Juán Manuel Santos; e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula irá na tarde desta quinta-feira para a Argentina. Ele tinha decidido viajar a Buenos Aires na sexta-feira, mas precisou antecipar a ida porque o corpo de Kirchner será cremado na manhã de sexta.

Inicialmente, o corpo do ex-presidente seria velado na Casa Rosada, sede do governo argentino, em Buenos Aires, até sábado quando, então, Kirchner seria cremado. Depois de participar do velório, Lula deve retornar a Brasília.

O astro do futebol argentino, Diego Maradona, também passou no local com a namorada, Verónica Ojeda, e deu um abraço em Cristina, em meio a aplausos dos presentes.

LONGA ESPERA

Centenas de jovens militantes permaneceram toda a noite na Praça de Maio, em frente à sede do governo, e já de madrugada começaram a formar uma fila para garantir sua entrada no velório do "Pingüino", como era conhecido o ex-presidente.

Ao mesmo tempo, demonstravam apoio ao governo de sua viúva, a presidente Cristina Kirchner, cujo mandato termina em 2011.

Enrolada em uma bandeira da Argentina, a vereadora Graciela Benítez passou 19 horas à frente da fila que dava a volta na sede do governo para ser a primeira a se despedir de Kirchner.

"Cheguei ontem às 15h10 ao lado de um grupo de militantes da Frente para a Vitória", a coalizão que levou Kirchner ao poder em 2003, disse a vereadora do município de Moreno, na província de Buenos Aires.

"Tenho muita dor, mas também tenho esperança porque estou convencida que o poder está com a presidente Cristina Fernández de Kirchner, porque Cristina e Néstor são uma só coisa", completou.

MORTE

O ex-presidente morreu na manhã desta quarta-feira depois de ser internado com urgência por problemas cardíacos em um hospital de El Calafate. De acordo coma imprensa local, Kirchner foi internado pela manhã no hospital José Formenti, acompanhado de Cristina.

Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita. O ex-presidente e sua mulher estavam desde o último final de semana em sua casa em El Calafate, na região da Patagônia. Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

Os médicos que socorreram Kirchner tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, disseram pessoas próximas ao líder citadas nesta quinta-feira pela imprensa local.

Segundo versões de mais de uma pessoa, o líder e Cristina jantaram em casa com um grupo de amigos. Após a refeição, retiraram-se para descansar.

No começo da madrugada de ontem, Kirchner teria dito não estar se sentindo bem. Cristina então chamou uma ambulância, que chegou ao local imediatamente e, escoltada pela polícia, levou o ex-presidente ao hospital municipal José Formenti.

Kirchner chegou ao hospital com sinais vitais "muito débeis", segundo os jornais "Clarín" e "Página 12".

Neste momento, segundo o primeiro periódico, os médicos tentaram reanimá-lo com um desfibrilador e entraram em contato com o médico presidencial, Luis Buonomo, que se encontrava em Buenos Aires. Desistiram depois de 45 minutos.

Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.






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