Greves do HUJM e dentistas chegam ao fim

Em assembleia geral realizada na noite de terça-feira, os cirurgiões-dentistas da rede pública de Saúde de Cuiabá decidiram voltar ao trabalho. Porém, mantêm o estado de greve até que o pagamento referente à insalubridade seja regularizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A greve também acabou no Hospital Universitário Júlio Muller.

“A folha deve ser gerada hoje (ontem) e vamos ver o que acontecerá”, disse o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso (Sinodonto), Gustavo Oliveira. Caso contrário, a paralisação pode voltar a qualquer momento.

Ao mesmo tempo, os procedimentos de colocação de amálgama (material restaurador em prata utilizado pelos dentistas) e raios-X não seriam realizados. “A prefeitura não pagou os 20% de insalubridade, que foi cortada”, justificou. A utilização de raio-X, por exemplo, é nociva à saúde do profissional.

Além da expectativa em relação à folha, representantes da categoria e da SMS iriam se reunir no final da tarde de ontem para discutir outros pontos como a realização de cursos de qualificação, um direito previsto no Estatuto do Servidor. “A prefeitura não vem acatando”, frisou. Por outro lado, conforme Oliveira, a SMS reconheceu algumas irregularidades, como por exemplo, em alguns enquadramentos no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). “Tinha a questão da hora-extra que também corrigiram”, observou.

HUJM - A maior greve da história do hospital terminou. Quem procurar a unidade hospitalar hoje será atendido normalmente. No entanto, a principal reivindicação da categoria ainda não teve desfecho. Os trabalhos da auditoria externa vão apontar se será possível implantar redução da jornada de trabalho de 40 horas para 30h nos setores ininterruptos.

A realização da eleição para escolha do Conselho Gestor da unidade também foi importante. De acordo com a representante do movimento, Ana Bernadete, a conquista representa “a volta da democracia no hospital”.