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Meio Ambiente
Quarta - 20 de Outubro de 2010 às 08:14
Por: Joanice de Deus

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Amanhã, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) se reúne para deliberar sobre a proposta de Resolução que prevê o início do período de defeso 2010/2011 nas três bacias hidrográficas que cortam o estado de Mato Grosso. O parecer da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) prevê duas datas distintas para a proibição da pesca, exceto a de subsistência.

Nos rios das bacias do Amazonas e do Araguaia/Tocantins, a piracema deve começar no dia 1º de novembro deste ano e se estender até o dia 28 de fevereiro de 2011. Já na bacia do Paraguai, o defeso deve ter início no dia 5 de novembro e se estender até o dia 28 de fevereiro do próximo ano. Nesse período, é proibida a pesca, inclusive na modalidade “pesque e solte”.

Para garantir que o defeso seja cumprido, a Sema promoveu ontem uma oficina de padronização de procedimentos de fiscalização para o período. “Queremos potencializar os recursos humanos que temos para evitar o delito”, informou o superintendente de Fiscalização, Paulo Serbija, citando o envolvimento nas ações de outros órgãos como Ibama, Ministério da Agricultura, polícias Ambiental e Rodoviária Federal (PRF) e Marinha, além dos 28 fiscais da Sema.

De acordo com a coordenadora da Comissão Especial sobre Piracema 2010/2011, Neusa Arenhart, a Bacia do Alto Paraguai é onde a prática de pesca exerce uma pressão maior. “Existe uma pressão de comércio maior na região por conta de peixes como pacu, dourado e pintado”, comentou.

Piscoso, o rio Cuiabá é um dos que chama a atenção das autoridades públicas já que corta cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço. Por outro lado, Serbija lembra que a fiscalização também enfrenta algumas regiões inóspitas como determinados trechos da Bacia do Araguaia. “De barco (pelo rio Araguaia) são quatro a cinco dias de Barra do Garças até Luciara”, comentou.

O período de defeso é estabelecido para garantir a reprodução dos peixes, que nadam rio acima para a desova. Conforme Neusa Arenhart, assim como no ano passado, um mês antes e um depois do defeso, exemplares são analisados para se definir o pico de procriação.

“Ano passado foi feito em Cáceres e, em março, não havia mais exemplar em reprodução”, comentou se referindo ao fato da proibição ter sido prorrogada na região.






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