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MT Eleições 2014
Terça - 28 de Setembro de 2010 às 07:06
Por: Ana Rosa Fagundes

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Mauro Mendes, acompanhado do candidato a vice Otaviano Pivetta (PDT), esclarece o que motivou sustar cheque
Mauro Mendes, acompanhado do candidato a vice Otaviano Pivetta (PDT), esclarece o que motivou sustar cheque

Candidato ao governo do Estado, Mauro Mendes (PSB) vai acionar na Justiça a dona de um posto de combustível que afirma ter levado calote de R$ 1,1 milhão do empresário. Mendes disse ontem, em entrevista coletiva, que sustou o cheque depositado em sua conta porque a dívida não é dele.

Segundo Mauro, esse cheque, no valor de R$ 1,1 milhão, foi emprestado a um amigo há dois anos para que ele o usasse como garantia numa transação comercial. Porém esse amigo não conseguiu pagar a dívida e agora o cheque foi depositado. “Estão usando uma transação comercial como arma eleitoreira, isso não tem nada a ver com eleição”, disse Mendes.

O advogado do candidato, Paulo Taques, vai entrar na Justiça com uma medida cautelar de antecipação de exibição de provas, para que a dona do posto, Marilene Ribeiro, apresente recibos e notas fiscais que provem que ela teve alguma transação comercial com Mauro.

Além disso, Mendes disse que vai pedir a quebra de sigilo telefônico dele e da empresária para que fique provado “que nunca houve sequer contato com ela”. “Se uma pessoa tem um milhão para receber, ela vai no mínimo ligar para o cobrador uma vez por mês cobrando. Mas essa mulher nunca ligou nos telefones da minha empresa ou nos meus”, disse Mendes.

O cheque está datado de 16 de setembro de 2010. Porém, Mendes afirmou que esse cheque é de 2008 e que agora, num momento de campanha, estão querendo usar a história para manchar sua imagem e o prejudicar eleitoralmente. Segundo o próprio Mauro, o cheque foi assinado por ele, com o valor definido, mas sem a data, porque seria apenas um cheque caução. A data foi colocada depois. “Dá para ver a olho nu que a grafia da data nada tem a ver com a grafia do valor. Foi colocado depois”, afirmou.

Ele disse que está há dois anos esperando que o “amigo” devolva o cheque. “Eu tinha confiança, por isso emprestei. Só no passado essa pessoa era amiga, agora não é mais”, disse o candidato. Em tom emblemático, Mendes disse que o nome dessa pessoa será revelado no momento certo, no processo judicial.

A assessoria jurídica do candidato também pediu providências à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal no sentido de apurar “tentativa de utilização eleitoreira do cheque, tentando imputar ao candidato Mauro Mendes conduta que este não adotou”. “Tenho uma reputação comercial ilibada. Tenho adversários políticos que querem manchar minha honra”, disse Mendes.

Na coletiva, acompanhado pelo vice, deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT), e pelo deputado federal Valtenir Pereira (PSB), Mendes atribuiu a “onda de denuncismo” contra ele é obra do governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, que teria poder econômico e político para influenciar a imprensa, reflexo ainda do seu crescimento nas pesquisas eleitorais. Mauro está em segundo lugar e, apesar da pesquisas apontarem vitória de Silval em primeiro turno, o empresário acredita que a disputa vai para o segundo turno.






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