Ponto de Cultura Ninho do Sol foi um dos doze selecionados pelo projeto História no Ponto da RHBN
Campo Novo do Parecis recebe equipe da Revista de História da Biblioteca Nacional
O Ponto de Cultura Ninho do Sol, de Campo Novo do Parecis, recebe nesta sexta-feira, 24, o projeto “História no Ponto” da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN) e da Secretaria de Programas Culturais do Ministério da Cultura, que estará acontecendo em Campo Novo do Parecis até sábado, 25.
O Ninho do Sol foi um dos doze Pontos de Cultura, de todo o Brasil, selecionados pelo projeto, em Mato Grosso foi o único escolhido.
As ruínas da Missão Jesuíta de Utiariti, às margens do rio Papagaio, na divisa dos municípios de Campo Novo do Parecis e Sapezal, serão o foco do projeto. Tais ruínas possuem quase oito décadas de história envolvendo diversas etnias indígenas da região e a Companhia de Jesus da Igreja Católica.
No local, foi construído um complexo de prédios a partir de 1930, incluindo a primeira escola indígena de Mato Grosso. A grosso modo, a cultura e as crenças do ‘homem branco’ foram impostas aos índios das etnias Paresí-Haliti, Manoki, Enawenê-Nawê, entre outras, durante mais de 40 anos.
A poucos metros do que restou das estruturas de concreto “levadas pelo não-índio em lombos de jumento”, pode-se ver o Salto Utiariti, uma cachoeira com queda d’água de aproximadamente 100 metros. Tal salto é propício para a prática de esportes radicais como o rapel.
Na tarde de sexta-feira será feito um debate (Educação Visionária) com Patrícia Woolley, Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e a noite ocorrerá o Festival Ninho do Sol no Plenário do Fórum, com apresentações de dança, teatro, capoeira, música e exposição de artes plásticas.
No sábado, a equipe da RHBN visitará as aldeias Sacre II, Bacaiúval e Utiariti. Próximo desta última estão localizadas as ruínas da Missão, as margens do Rio Papagaio, na Terra Indígena Tirakatinga, da etnia Nhambikuara.
O Ponto de Cultura Ninho do Sol é uma iniciativa do Teatro Ogan e tem entre as suas diretrizes a preservação da cultura e do patrimônio material e imaterial dos índios Paresí-Haliti.
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