Em comício ao lado de Dilma, Lula chama DEM de "donos de engenho"

"Agora estão inventando que nós ameaçamos a democracia. Eles são os "democratas", os "donos do engenho" e os moradores da senzala são contra a democracia. É isso que eles estão querendo passar para a sociedade."

Para criticar o PSDB, Lula disse que estão em jogo nessa eleição presidencial dois projetos antagônicos. "Um é o de soberania nacional e o outro é o de entrega do país."

"Vocês estão lembrados que eles queriam privatizar a Petrobras e até mudar o nome para Petrobrax?"

Segundo Lula, os tucanos só sabem chegar perto do povo em época de eleição. "Em época de eleição pobre é a melhor coisa do mundo. E rico é a pior coisa do mundo. Depois da eleição, eles nunca mais chegam perto dos pobres."

Em tom de ironia, Lula criticou promessas do presidenciável tucano José Serra sobre o pagamento de 13º salário para os beneficiados do Bolsa Família e aumento do salário mínimo. "Eles passaram a vida inteira arrochando salário mínimo, contra Bolsa Família. O que é mais triste é que eles pensam que a gente é tolo [em acreditar em promessas que não serão cumpridas]."

O presidente Lula comparou a disputa pelo governo do Paraná a uma "final de campeonato". O presidente é apontado como responsável pela subida do aliado no Estado, o senador Osmar Dias (PDT-PR).

Lula pediu aos eleitores que vistam a camisa do pedetista no trabalho, convençam vizinhos a votar nele e exibam adesivos do candidato em seus carros.

No discurso, ao pedir votos para Osmar, Lula disse que "política a gente não vota pela cara. A gente vota pelo compromisso. E esse homem [apontando para Osmar Dias] tem história".

O comício no bairro Sítio Cercado, um dos mais populosos de Curitiba e que teve origem na vinda de migrantes de várias regiões do Paraná, também foi marcado por promessas de campanha da candidata petista à Presidência Dilma Rousseff e do aliado estadual.

Entre as principais promessas, estavam a construção de 100 mil casas populares e ampliação da cobertura do Bolsa Família das atuais 480 mil famílias para 550 mil já a partir de janeiro de 2011.