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Politica Brasil
Terça - 21 de Setembro de 2010 às 05:08

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O deputado estadual Jorge Luiz Hauat, conhecido como Jorge Babu, candidato à reeleição pelo PTN, foi condenado em um segundo julgamento realizado nesta segunda-feira no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio a sete anos de prisão por formação de quadrilha armada e envolvimento com milicianos da zona oeste. No entanto, obedecendo ao Código Eleitoral, como está em campanha, Babu não pode ser preso. Caso não seja eleito, terá mandado de prisão expedido pela Justiça dia 1ª de janeiro.

Babu foi condenado em dois processos. No primeiro - por formação de quadrilha e concussão (uso de função pública para obter vantagem) -, ele recebeu a pena de três anos em regime aberto, convertidos em prestação de serviços comunitários, e a perda do mandato. Mas como a decisão cabe recurso, ele terá tempo de concluí-lo.

Além de Babu, foram condenados pelos mesmos crimes três funcionários públicos lotados na 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso. Apontado como o chefe da quadrilha, o policial rodoviário federal Wellington Regadas, que era lotado no gabinete do então juiz da Vara de Infância Siro Darlan, recebeu pena de 12 anos de reclusão e demissão do serviço público. O PM Paulo Roberto Medeiros Rolim e o agente penitenciário Luiz Eduardo Soares pegaram 11 anos cada, mais demissão.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), de 1999 a 2003, Babu, eleito vereador em 2000, e os os três funcionários públicos, conhecidos como Três Mosqueteiros, montaram esquema para exigir dinheiro de empresas que promovem eventos em troca de autorização para realizar a festa ou para evitar fiscalização.

Uma delas foi a Furacão 2000. Num encontro em seu gabinete, Babu teria cobrado de Rômulo Costa, dono da empresa, R$ 150 mil para liberar os bailes funk e R$ 100 mil para que os 90 processos da Furacão ficassem parados na Justiça. O empresário não aceitou a proposta e denunciou o caso. A quadrilha também cobrava propina de motéis e boates. "Um quadrilheiro não pode ser parlamentar", disse o subprocurador-geral de Justiça de Atribuição Originária Institucional e Judicial, Antonio José Campos Moreira.

Expulso quinta-feira da Polícia Civil, o ex-inspetor Jorge Babu nega as acusações e diz que vai recorrer. Como não compareceu ao julgamento, alegando não ter sido notificado, os processos foram julgado à revelia por maioria de votos dos desembargadores - 22 contra três.

No processo sobre milícia também foram condenados Carlos Eduardo Marinho dos Santos, 10 anos de prisão; Alfredo Carlos Cândido de Oliveira e Davinilson Freitas dos Santos, 15 anos de reclusão casa um, e Carlos José Dias, seis anos.





Fonte: Terra

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