Rodrigues foi apontado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” como ligado à empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), citada em denúncias de tráfico de influência que culminaram no pedido de demissão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e de outros dois funcionários da pasta.
Procurado pelo G1, o ex-diretor se mostrou abalado e pediu para não falar: "Me dá um pouco de tranquilidade."
De acordo com a reportagem, o diretor dos Correios seria representante de um empresário argentino, apontado como verdadeiro dono da empresa do setor aéreo. O jornal afirmou ainda que Silva estaria atuando para transformar a MTA na empresa de carga aérea oficial dos Correios. Ele nega as acusações.
"Ele [Rodrigues] disse que veio para agregar experiências. Disse que a família dele está estraçalhada e não dá mais para continuar e por isso pediu demissão", afirmou o presidente dos Correios.
Segundo David Matos, na carta de demissão, a ser entregue na tarde desta segunda ao ministro das Comunicações, o diretor "isenta os Correios de qualquer irregularidade".
"Ele disse ainda que o passado dele não tem nada a ver com os Correios e também nega que tenha chegado na empresa por indicação de Erenice Guerra. Segundo ele, a indicação teria sido de um senador", disse o presidente dos Correios.
Questionado se teria receio de ser o próximo a ter que deixar o cargo, ele disse que não. "Pode procurar à vontade. Pode procurar na minha vida inteira. Não vão achar nada. Agora, que vão tentar, vão”, disse David Matos.
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