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Domingo - 19 de Setembro de 2010 às 14:42

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Ter um perfil em redes de relacionamento, principalmente nas profissionais como o LinkedIn, faz diferença para 1 em 4 avaliadores. É o que mostra o levantamento realizado pela Right Management neste ano.

"O uso da internet muda muito [a seleção] porque você consegue ver como as pessoas se relacionam e se expressam e que assuntos elas buscam na rede", afirma Giuliana Hyppolito, consultora de recursos humanos do grupo de recrutamento DMRH.

A recomendação de especialistas é acrescentar o endereço eletrônico do perfil profissional no currículo.

As informações no mundo virtual, assim como no documento impresso de apresentação, devem ser resumidas, com o uso de palavras-chave que tornem o candidato um alvo fácil para pesquisas de recrutadores na rede.

A concisão é ponto importante para consultores e analistas, que dispõem de menos tempo para se dedicar à análise curricular. Para 79% dos entrevistados, o número de páginas do documento segue a máxima "uma é pouco, duas é bom e três é demais".

Mas não vale diminuir a fonte do texto e as margens para colocar mais dados. "[O currículo] deve ter uma forma atraente", destaca Hamilton Teixeira, sócio da DRH - Talent Search. Segundo ele, a diagramação do documento é fator essencial para chamar a atenção do leitor.

SEM POESIA

O candidato deve deixar a poesia de lado. Nem mesmo a prosa tem agradado aos recrutadores. O formato preferido pela maioria deles (80%) ainda é o texto dividido em tópicos, também chamados "bullet points".

"O texto em itens é mais claro. Às vezes, a gente vê nos tópicos detalhes sobre o que foi realizado no último cargo ocupado que não aparecem em um texto dissertativo", esclarece Hyppolito.

Entre essas informações devem estar o nome fantasia, o faturamento médio e a área de atuação da empresa. Especialistas também indicam acrescentar a razão social.

"Existem muitas empresas cuja marca não é tão conhecida, mas que faturam milhões. [Colocar a razão social] ajuda a conhecer o peso do profissional", diz Fábio Padovani, associado sênior da 2GET, de recrutamento.

SALA DE AULA

Os cursos de graduação e de pós-graduação, como especialização, mestrado e doutorado, mesmo que não concluídos, ainda têm mais peso que os de atualização de curta duração, mais voltados para as demandas de mercado, sinaliza Mylene Mitrullis, consultora sênior da Amrop Panelli Motta Cabrera Executive Search, de recrutamento de executivos.

"A vida acadêmica revela que a pessoa tem investimentos em cursos de longo prazo, de formação tanto pessoal como profissional", assinala a especialista.






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