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Meio Ambiente
Terça - 14 de Setembro de 2010 às 09:15

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Oitenta por cento do fogo poderia ser evitado em Mato Grosso, líder brasileiro em queimadas com 51.578 focos entre 1º e 13 de setembro. A informação é do especialista Romildo Gonçalves, que aponta a falta de atuação da sociedade e do poder público como motivo para a situação. São Félix do Araguaia (3.922 focos), Novo Santo Antônio (3.763) e Ribeirão Cascalheira (3.657) são os municípios campeões em queimada no estado.

Gonçalves afirma que faltaram medidas de controle como capacitação de agentes, assoreamento de vias públicas e divulgação de informação para que a população evite fazer fogo no período de estiagem. "A ministra do Meio Ambiente (Izabella Teixeira) só agora criou um decreto para a contratação de brigadistas".

Na Capital, a fuligem e a fumaça tomam conta da paisagem e sufocam a população. Para Gonçalves, a queimada está nesse nível porque há muito acúmulo de combustível no meio ambiente e compara o problema vivido atualmente com a situação de 2007.

Em Chapada do Guimarães, a mesma característica. O especialista lembra que faltou a criação de um plano de manejo para que acontecesse em menor proporção. "Depois que a queimada chega ao meio ambiente, não adianta gritar".

Campeão - A Brigada para Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) está atuando em Mato Grosso. No entanto, por não ter um número suficiente de agentes, necessitou recentemente da atuação do Exército no combate às chamas.

O chefe do Departamento do Meio Ambiente de São Félix, Juranir de Araújo, afirma que grande parte dos incêndios são criminosos, vindo de pessoas "sem juízo". "Elas colocam fogo na calada da noite para limpar pasto. Dizem que fazem isso porque não têm dinheiro para comprar um trator e limpar a área". Ele ainda lembra que as queimadas acabam com os nutrientes da terra.

Araújo conta que parte da queimada vem dos assentamentos que existem no município e lembra que o problema se agrava porque a prefeitura não tem poder para multar os que desrespeitam o período de proibição. Há mais de 5 meses a região não tem chuva. "Nós estávamos esperando a chuva do dia 7 (de setembro), que todo o ano vem. Mas desta vez faltou". (FD)





Fonte: A Gazeta

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