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Politica Brasil
Quinta - 09 de Setembro de 2010 às 14:35

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O "Diário Oficial" de Dourados (MS) publicou na edição desta quarta-feira a exoneração de mais de 100 servidores do Executivo. Os funcionários foram demitidos por determinação do prefeito interino do município, o juiz Eduardo Machado Rocha.

Os servidores, contratados, exerciam cargos de confiança e, com a troca de responsáveis pelas secretarias, foram exonerados. O "DO" traz ainda os nomes dos secretários exonerados e seus substitutos, empossados ontem.

Hoje, tumulto e protestos marcaram a tentativa de abertura da sessão na Câmara Municipal em Dourados, a primeira desde a Operação Uragano, da Polícia Federal. Um manifestante atirou o sapato no vereador Aurélio Bonatto (PDT), um dos que havia sido detido na ação policial. A sessão teve que ser cancelada e foi remarcada para dia 13.

A Operação Uragano prendeu 28 pessoas no dia 1º de setembro, entre elas, o prefeito da cidade, Ari Artuzi (PDT), a primeira-dama, Maria Artuzi, o vice-prefeito Carlos Roberto Assis Bernandes (PR), quatro secretários, nove vereadores, proprietários e funcionários de construtoras.

Segundo a Polícia Federal, o grupo é suspeito de superfaturamento de licitações e de cobrança de 10% propina para entregar serviços a determinas empresas. Dos envolvidos, dez continuam detidos, entre eles, quatro vereadores.

As manifestações começaram assim que vereadores entravam no plenário. Eles foram xingados e várias pessoas jogaram moedas nos parlamentares. No momento que Bonatto foi até a mesa da Presidência, um homem atirou um sapato e correu em direção ao vereador, sendo contido por policiais. Délia Razuk (PMDB) cancelou a sessão antes mesmo que os trabalhos fossem abertos oficialmente.

PREFEITO

A indicação do juiz Eduardo Rocha Machado para a Prefeitura de Dourados foi feita pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e, segundo o desembargador João Carlos Brandes Garcia, será válida "enquanto permanecer a inexistência de agente capacitado".

Segundo investigações, as licitações eram direcionadas ilegalmente e os acordos fechados ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. O dinheiro arrecadado servia para pagar vereadores, caixa de campanha e bens pessoais do prefeito, disseram os policiais. A cidade tem 190 mil habitantes.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul julgou procedente o pedido de intervenção estadual em Dourados. A ação foi proposta em razão do não pagamento de precatório no valor atualizado de R$ 505.384,78.






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