“O caso do vazamento da Receita Federal é um exemplo de falta de segurança”, diz o secretário de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU, Claudio Castello Branco. Segundo ele, 97% dos funcionários dos órgãos não têm nem treinamento para retomar o sistema depois de uma pane.
“Toda a administração pública está ficando eletrônica, e é preciso combater o risco de perda de informações em processos judiciais, por exemplo”, alerta Castello Branco.
Procurado pelo G1, o Ministério do Planejamento informou que só vai se manifestar sobre o assunto quando for oficialmente informado do levantamento pelo TCU.
O TCU não divulga qual a situação de cada órgão, mas, segundo o tribunal, os que estão com melhor índice de segurança são os bancos públicos.
Os ministros do TCU apontam a necessidade de adoção de ações "urgentes" para atualizar os sistemas nos órgãos e proteger os dados sigilosos com eficiência.
Eles receberam este ano R$ 12,5 bilhões para isso. Segundo o tribunal, o “descontrole” pode ser visto como mau uso da verba do Orçamento da União.
“A fraude eletrônica hoje é a mais limpa e a mais difícil de rastrear”, diz Castello Branco. “Os sistemas de informação são o coração da administração pública. Se ela falha, tudo pode parar.”
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