Estão pendentes ainda, segundo a assessoria, as Secretarias de Obras, de Serviços Urbanos, de Administração e a Procuradoria Geral do Município.
Na terça-feira (7), a prefeitura também não deve funcionar para atendimento ao público, devido ao feriado da Independência. A assessoria de imprensa acredita que o secretariado já esteja recomposto na quarta-feira (8), e a prefeitura volte a funcionar normalmente.
Em 1º de setembro, a Polícia Federal prendeu políticos suspeitos de práticas de fraude à licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha em Dourados. Ao todo, 28 pessoas foram presas na chamada Operação Uragano.
O secretário de Governo da prefeitura, Eleandro Passaia, foi o delator do esquema e, segundo a PF, era o responsável pelos pagamentos de propina no governo municipal. Entre os presos, está o prefeito da cidade, Ari Artuzi (PDT), o vice-prefeito, nove vereadores, além de outros políticos da cidade.
Até este domingo (5), dos quase 30 presos na operação da Polícia Federal, 16 foram soltos.O prefeito, no entanto, continua preso.
O esquema
De acordo com a PF, o esquema era semelhante ao “mensalão”, pois consistia em pagar os vereadores da situação e da oposição propina para impedir que a CPI que investigava o prefeito, suposto “chefe” do esquema, fosse concluída. Além disso, as licitações seriam direcionadas para empresas que financiavam as propinas mensais, compras de bens pessoais do prefeito e campanhas eleitorais.
"Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato. Os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados (da situação e da oposição), para caixa de campanha e compra de bens pessoais do prefeito", informou a polícia em nota.
Os detidos
Entre as prisões realizadas em 1º de setembro estão: o prefeito, a primeira-dama, o vice-prefeito, o presidente da Câmara, mais nove vereadores, o advogado geral do município, mais quatro secretários municipais, assessor do prefeito, o diretor de departamento de licitações, gestor de compras da prefeitura, e empresários da região.
As prisões são temporárias com duração de cinco dias e podem ser prorrogadas para mais cinco dias. A PF completou que os acusados podem responder por fraude à licitação, corrupção ativa e formação de quadrilha.
A investigação é comandada pelo delegado Bráulio César Galoni chefe da delegacia da Polícia Federal em Dourados (MS).
Ao PF ainda não soube estimar o volume financeiro envolvido no esquema. No momento da apreensão, foram encontrados cerca de R$ 150 mil reais em espécie na casa do prefeito.
Comentários