Entre 1992 e 2008, pesquisa mostra que desemprego caiu e renda do brasileiro cresceu
Desigualdade diminuiu pouco em 16 anos, diz IBGE
A desigualdade na distribuição de renda da população brasileira caiu entre 1992 e 2008, mas de forma muito tímida. A melhora, ainda que pequena, reflete a diminuição do desemprego no país e o aumento da renda do brasileiro no período, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A conclusão faz parte dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, divulgados nesta quarta-feira (1º) no Rio de Janeiro.
O estudo leva em conta o índice de Gini, usado para medir o nível de desigualdade. O Brasil saiu de 0,575 em 1992 para 0,531 em 2008, sendo que o zero indica situação de perfeita igualdade, enquanto o número um aponta desigualdade máxima.
Para elaborar esse indicador, o IBGE utilizou as informações relativas à população a partir dos dez anos de idade e seus rendimentos mensais de todas as fontes, todas incluídas na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
A pesquisa conclui que houve avanços, como a redução da taxa média anual de desocupação, o aumento do rendimento médio mensal e a redução da concentração na distribuição de renda.
- Persistem desigualdades regionais em todos os indicadores deste tema. O combate à desigualdade é fundamental para assegurar a redução da pobreza, um dos principais desafios do desenvolvimento sustentável.
O Distrito Federal e o Piauí aparecem como os Estados com maior desigualdade em distribuição de renda com valores de 0,618 e 0,579 no índice de Gini, respectivamente. Com a menor desigualdade estão o Amapá (0,442), Santa Catarina (0,475) e Rondônia (0,484).
De acordo com o IBGE, a desigualdade na distribuição de renda e a pobreza estão entre os problemas mais graves do Brasil.
Em alguns casos, esses dois fatores se encontram como no Piauí, Paraíba e Alagoas, que estão entre os Estados com maiores índices de Gini (0,579, 0,570 e 0,544, respectivamente) e com mais de 40% de famílias com rendimento mensal per capita menor que meio salário mínimo.
Comentários