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Meio Ambiente
Quarta - 01 de Setembro de 2010 às 08:47
Por: Caroline Rodrigues

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O desmatamento reduziu na área de Amazônia Legal conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Ano passado, Mato Grosso estava em 1º lugar no ranking e este ano passou para 2º. Conforme a análise dos satélites do Desmatamento em Tempo Real (Deter), foram desmatados 699,81 quilômetros quadrados entre agosto de 2009 e julho de 2010. O número é 51% inferior ao registrado entre agosto de 2008 e julho de 2009, quando foram detectados 1.428,34 quilômetros quadrados.

O técnico do Imazon, Adalberto Veríssimo, argumenta que a redução é um reflexo das medidas econômicas e do endurecimento da legislação ambiental. Ele dá como exemplo o crédito rural, que é cancelado caso o proprietário da terra cometa o desmate ilegal.

Até o ano de 2005, o Brasil destruía cerca de 19,5 mil quilômetros quadrados de floresta por ano. O espaço é equivalente ao estado do Sergipe. Nos anos seguintes, 2006 e 2007, a área reduziu para 12 mil e 7 mil, respectivamente.

O trabalho de rastreamento não mostra se o desmatamento é legal ou ilegal em nenhuma das entidades. Veríssimo diz que apesar da melhoria, ainda falta muito para o país atingir o desmatamento zero.

Ele argumenta que 18% da Floresta Amazônica foi devastada, sendo que metade da área foi abandonada ou está subutilizada. Os municípios que fazem divisa com o Pará e Amazonas, como Cotriguaçu (950 km a noroeste de Cuiabá) e Vila Rica (1.259 km a nordeste de Cuiabá) passam pela situação. O ideal, conforme o técnico, seria o aproveitamento do espaço.

No mês de julho deste ano, Mato Grosso teve 102,24 quilômetros quadrados de desmatamento entre corte raso (floresta derrubada) e degradação progressiva (floresta intensamente explorada pela atividade de madeira ou queimada). Em comparação ao mês anterior, houve crescimento de 180%. Em junho, foram detectados 36,50 quilômetros quadrados de devastação.

Mesmo assim, o número ainda está inferior ao registrado em julho de 2009, quando os satélites confirmaram a retirada da floresta em 123,78 quilômetros quadrados.

O Estado ocupa 2º lugar na devastação, o 1º é do Pará, com 237,88 quilômetros quadrados de desmate em julho.

Os satélites do Deter não contabilizaram a totalidade da Amazônia Legal porque 29% da área estava coberta por nuvens. O Imazon publicou ontem um relatório que aponta para o desmatamento de 155 quilômetros de floresta e 159 quilômetros quadrados de degradação progressiva em território nacional no mês de julho. A quantia é 70% menor ao registrado no mesmo período do ano passado.





Fonte: A Gazeta

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