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Análises do Imazon e Inpe confirmam diminuição de até 51% na devastação da floresta no Estado, tendência já esperada
Amazônia: Menos desmate em MT
Três municípios de MT tentam deixar lista de 43 mais desmatadores para recuperar crédito de produção
Análises mensais de satélites feitas tanto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) quanto pela ONG Imazon, divulgadas ontem, confirmaram a diminuição no ritmo de desmatamento em Mato Grosso. Com metodologias distintas e abrangendo satélites diferentes, os dois boletins revelaram percentuais de redução do corte da floresta no Estado acima da média de toda a Amazônia Legal, embora tenha ocorrido aumento na atividade desmatadora de junho para julho deste ano.
A tendência de redução no ritmo do desmate fica evidente se compararmos os números registrados - pelo Imazon e pelo Inpe - entre agosto de 2008 e julho de 2009 com os registrados entre agosto de 2009 e julho de 2010. Entre esses períodos, o Inpe apontou uma queda brusca de 51% no desmate em Mato Grosso, caindo de 1.428 Km2 para 699,8 Km2. A média de decréscimo na Amazônia Legal havia sido de 47,52%. Já o Imazon registrou queda de 435 Km2 para 342 Km2, uma redução de 21% no Estado – a média na região amazônica foi de 16%.
A tendência de redução da atividade desmatadora se manteve mesmo com aumentos ocorridos entre junho e julho no Estado. No último mês analisado, Mato Grosso teve participação de 23% do total desmatado, segundo o Imazon, e de 21,07%, segundo o Inpe. Possivelmente, por esse motivo, a Polícia Rodoviária Federal registrou aumento na apreensão de madeira ilegal no último mês (ver matéria).
Só o Pará desmatou mais que Mato Grosso, novamente segundo ambas as análises de satélites. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) espera mais uma confirmação desta tendência com a análise do Prodes, sistema de monitoramento mais minucioso que o Deter, mas a ministra Izabella Teixeira já comemorou os resultados por considerar que, no período analisado pelo Inpe, a região da Amazônia Legal esteve encoberta por nuvens só em 29% de sua extensão, propiciando registros de satélites mais verossímeis.
O otimismo com a redução do desmate também tem levado municípios conhecidos pela devastação da floresta a pleitearem a reversão dessa imagem. Pelo menos cinco da Amazônia Legal, três deles mato-grossenses, estão solicitando ao MMA sua retirada da “lista negra” de grandes desmatadores – uma relação de 43 municípios que motivou a operação federal Arco de Fogo, em 2008, entre eles Juína, Brasnorte e Feliz Natal. Após a operação, houve embargos federais aos municípios e às propriedades consideradas devastadoras da floresta.
Os três municípios mato-grossenses citados firmaram um convênio com a ONG The Nature Conservancy para conseguir implementar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), requisito para que o MMA retire a cidade da indesejada lista. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Juína, Vicente Peruzzo Lulu, sair da lista é uma prioridade para a administração municipal e para os produtores da região.
Tanto que, segundo ele, os produtores têm se conscientizado e utilizado tecnologias que não agridem a vegetação, fazendo com que não haja mais desmatamento na área do município – da qual 64% são terras indígenas. Por outro lado, o Inpe apontou a detecção de 17,02 Km2 de desmatamento em Juína no mês de julho. A reportagem também tentou contatar os prefeitos de Feliz Natal e Brasnorte, sem sucesso.
A tendência de redução no ritmo do desmate fica evidente se compararmos os números registrados - pelo Imazon e pelo Inpe - entre agosto de 2008 e julho de 2009 com os registrados entre agosto de 2009 e julho de 2010. Entre esses períodos, o Inpe apontou uma queda brusca de 51% no desmate em Mato Grosso, caindo de 1.428 Km2 para 699,8 Km2. A média de decréscimo na Amazônia Legal havia sido de 47,52%. Já o Imazon registrou queda de 435 Km2 para 342 Km2, uma redução de 21% no Estado – a média na região amazônica foi de 16%.
A tendência de redução da atividade desmatadora se manteve mesmo com aumentos ocorridos entre junho e julho no Estado. No último mês analisado, Mato Grosso teve participação de 23% do total desmatado, segundo o Imazon, e de 21,07%, segundo o Inpe. Possivelmente, por esse motivo, a Polícia Rodoviária Federal registrou aumento na apreensão de madeira ilegal no último mês (ver matéria).
Só o Pará desmatou mais que Mato Grosso, novamente segundo ambas as análises de satélites. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) espera mais uma confirmação desta tendência com a análise do Prodes, sistema de monitoramento mais minucioso que o Deter, mas a ministra Izabella Teixeira já comemorou os resultados por considerar que, no período analisado pelo Inpe, a região da Amazônia Legal esteve encoberta por nuvens só em 29% de sua extensão, propiciando registros de satélites mais verossímeis.
O otimismo com a redução do desmate também tem levado municípios conhecidos pela devastação da floresta a pleitearem a reversão dessa imagem. Pelo menos cinco da Amazônia Legal, três deles mato-grossenses, estão solicitando ao MMA sua retirada da “lista negra” de grandes desmatadores – uma relação de 43 municípios que motivou a operação federal Arco de Fogo, em 2008, entre eles Juína, Brasnorte e Feliz Natal. Após a operação, houve embargos federais aos municípios e às propriedades consideradas devastadoras da floresta.
Os três municípios mato-grossenses citados firmaram um convênio com a ONG The Nature Conservancy para conseguir implementar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), requisito para que o MMA retire a cidade da indesejada lista. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Juína, Vicente Peruzzo Lulu, sair da lista é uma prioridade para a administração municipal e para os produtores da região.
Tanto que, segundo ele, os produtores têm se conscientizado e utilizado tecnologias que não agridem a vegetação, fazendo com que não haja mais desmatamento na área do município – da qual 64% são terras indígenas. Por outro lado, o Inpe apontou a detecção de 17,02 Km2 de desmatamento em Juína no mês de julho. A reportagem também tentou contatar os prefeitos de Feliz Natal e Brasnorte, sem sucesso.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/116919/visualizar/
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