Além de EJ, mais três dirigentes tucanos tiveram sigilo fiscal violado
O vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, não foi o único tucano a ter o sigilo fiscal violado dentro da Receita Federal. Outros três integrantes do partido e ligados ao candidato tucano à Presidência, José Serra, também tiveram seus dados acessados irregularmente dentro do fisco.
Entre os dias 5 e 8 outubro, servidores da Receita imprimiram sem motivação profissional também as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor da Previ Ricardo Sérgio e de Gregorio Marin Preciado, primo de Serra.
Os dados foram levantados pela Corregedoria Geral da Receita, que abriu investigação para apurar a quebra do sigilo de EJ, revelada pela Folha em junho.
De acordo com a corregedoria, as informações fiscais dos três tucanos foram acessadas nos terminais de três funcionárias da agência do fisco em Mauá (SP), mesmo local de onde foram retiradas as cópias das declarações de EJ.
Antonia Aparecida Neves Silva, Adeilda Ferreira dos Santos e Ana Maria Cano são as principais suspeitas da violação do sigilo fiscal dos dirigentes tucanos.
Na terça-feira, Eduardo Jorge foi autorizado pela Justiça Federal a ter pleno acesso à investigação da Receita.
Cópias de cinco declarações de Imposto de Renda do tucano constavam de um dossiê montado pelo "grupo de inteligência" que atuou na pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT).
A partir das reportagens da Folha, a corregedoria do Fisco e a Polícia Federal abriram investigações para apurar os vazamentos.
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