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Meio Ambiente
Quinta - 19 de Agosto de 2010 às 09:55
Por: Caroline Lanhi

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Em Mato Grosso não há estudos ou levantamentos sobre o impacto das queimadas na fauna. A ausência de dados tanto na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) quanto nos órgãos ambientais deixam em dúvida até mesmo os profissionais que trabalham diretamente com o assunto. A única informação que se tem é que os animais com dificuldade de locomoção como répteis, filhotes de aves e tamanduás comumente morrem queimados.

Biólogo há 20 anos na UFMT, Itamar Assumpção explica que o zoológico da universidade sempre recebeu muitos animais vítimas de queimadas, entretanto nunca houve um registro desses bichos. Além disso, há mais de 1 ano o zoológico não recebe nenhum animal até que seja regularizado junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Na Sema, o analista de meio ambiente da coordenação de fauna, Marco Ferramosca, explica que há apenas relatos de queimadas que causaram grandes danos, como a que aconteceu no Pantanal, em 2005. Na época, de acordo com Ferramosca, dezenas de espécies de aves, mamíferos e répteis morreram.

No Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prev), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também não existe nenhum tipo de registro.

O déficit de informações preocupa o biólogo Itamar, principalmente porque é no período em que há mais focos de calor que os animais se reproduzem, principalmente as aves. "Grande parte dos vertebrados iniciam a reprodução a partir de junho para que os filhotes nasçam próximo ao período das chuvas, quando há fartura de alimentos. Do jeito que as queimadas aumentaram, é claro que muitos nem vão nascer".





Fonte: A Gazeta

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