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Agronegócios
Segunda - 19 de Agosto de 2013 às 22:22

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Com esse volume, o Estado se manterá líder na oferta das commodities e com um incremento de 26,29% na comparação com as 40,92 milhões de toneladas da safra 2012/13.


 
A projeção foi divulgada no início deste mês por meio de estudos feitos pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa) que apontam o desempenho de culturas como soja, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo e uva nos próximos dez anos. O Paraná vai a 42,81 milhões t e o Rio Grande do Sul a 25,82 milhões t.


 
O levantamento considera dois pontos, uma evolução linear com base no banco de dados das últimas safras e um limite superior, que se atingido elevaria a produção local de soja e milho para 66,24 milhões t. O milho será o alicerce da expansão e no limite superior pode atingir 30,81 milhões de toneladas, cerca de cinco milhões a menos que a soja na variação superior, que chegaria a 35,43 milhões t. E o crescimento da produção mato-grossense será resultado do avanço da produção sobre a expansão da área cultivada. Conforme a Age/Mapa, serão 26,29% e 25,29%, respectivamente.


 
Das culturas analisadas na projeção, três delas são cultivadas em grande escala no Estado, além da soja e do milho, o estudo considerou a cana-de-açúcar, cultura que terá a maior expansão em produção nos próximos dez anos em Mato Grosso. Os canaviais passam de uma produção de 16,31 milhões t para 20,85 milhões, alta de 27,8%. No limite superior, chegaria a 25,95 milhões – equivalente a praticamente a atual produção local de soja – e manteria o quinto lugar no ranking nacional. A liderança segue com São Paulo que passaria de 330,69 milhões t para 466,92 milhões, avanço de 41,2%. No entanto, a expansão da década será de Goiás com 81,8%, que passa Minas Gerais e assume a segunda posição.


 
Com expansão de 27,2%, ou de até 49,5% no limite superior, o milho mato-grossense terá o maior avanço do país, superando o Paraná, até então maior produtor do cereal. Mesmo com variação pouco menor que a cana e pelo peso atual que confere à renda agrícola estadual e à balança comercial, o cereal segue como a vedete do agronegócio estadual por mais dez anos.


 
Depois de duas supersafras, o milho pode somar 22,12 milhões t, ou, 30,81 milhões no cenário mais otimista. Conforme números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que serviram de base para as projeções, na safra 2012/13 o Estado deve produzir 17,39 milhões t, uma vez que a colheita está em cercade 95% da área plantada.


 
A soja mato-grossense passa de 23,53 milhões t para 29,56 milhões, alta de 25,6%. No cenário otimista, vai a 35,43 milhões t, crescimento de 38% no intervalo de dez safras.


 
A commodity terá maior avanço na Bahia, 45,7% ou 54,8%, no limite superior, passando de 2,69 milhões t para 3,99 milhões. O Paraná terá a terceira maior safra, altas de 13,2% ou 19% com a oferta passando de 15,85 milhões para 17,94 milhões, ou, 22,39 milhões no cenário mais otimista.


 
SUPERFÍCIE – Em relação à área plantada com soja e milho, Mato Grosso deve cultivar em um mesmo ciclo 14 milhões de hectares (ha), ante atuais 11,19 milhões, extensão ocupada na primeira e na segunda safra. A projeção no cenário mais otimista eleva a área plantada para mais de 17,7 milhões ha.


 
No milho, Mato Grosso prospecta o maior aumento de área entre os três estados analisados (MT, PR e MG), 25,7% ao passar de 3,38 milhões ha para 4,25 milhões e até 5,54 milhões, o que daria, mais 42,9% na década. Minas Gerais retrai em 11,7%, e o Paraná cresce 7%.


 
Na soja, a área mato-grossense vai de 7,81 milhões para 9,79 milhões ha, crescimento de 25,3%. Mesmo com cultivo consolidado, será a segunda maior evolução da safra 2022/23 do país, atrás da Bahia, cuja área vai de 1,28 milhão para 1,74 milhão, ou, 36%.


 
Se a área destinada à oleaginosa no Estado avançar a 12,16 milhões, a superfície aumenta em 41,1% na comparação entre as safras 2012/13 e 2022/23.


 
Analistas frisam que até a safra 2022/23 há um longo caminho e a confirmação, frustração e ou superação das perspectivas serão fruto da relação oferta e demanda for sendo estabelecida daqui para frente. “O mercado dita os rumos. O mercado diz se desta vez se planta mais soja ou milho. O estudo é uma perspectiva interessante, não necessariamente algo que venha a se concretizar”.





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