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Casal é preso após morte de filho por irmã adolescente em Várzea Paulista (SP)
O menino, de 8 anos, foi assassinado por uma irmã, de 16 anos, na noite de 29 de julho, após uma sessão de tortura e espancamento num quarto da casa onde vive a família.
De acordo com a Promotoria, a adolescente surrou o irmão até a morte como castigo, pois não queria barulho no quarto e o menino não parava de tossir. Depois de agredir o menino com as mãos e os pés, ela pegou um pedaço de madeira e desferiu vários golpes contra ele. Ainda bateu a cabeça do menino por diversas vezes contra a parede e o chão do quarto.
Os pais e a irmã Amanda ouviram os gritos, foram até o quarto, mas acabaram rechaçados pela adolescente. Ivanildes foi dormir, enquanto Amanda e a mãe voltaram para a sala e continuaram a ver televisão. Ao perceber a morte do irmão, a garota avisou Amanda, e uma ambulância foi chamada pela mãe.
Quando o socorro chegou, o corpo do menino havia sido limpo e levado para outro quarto, e o chão e as paredes do quarto onde ele foi morto foram lavados.
Inicialmente, a morte foi atribuída a supostos problemas mentais da adolescente, mas a investigação do Ministério Público chegou à história, que incrimina os pais e a irmã mais velha.
Segundo a Promotoria, Ivanildes e Rosângela entregaram à adolescente todos os cuidados dos cinco filhos menores. Ela proibia conversas quando a TV estava ligada e não deixava que comessem carne e feijão, o que era reservado apenas a ela e aos três adultos da casa. O descumprimento das regras era punido com agressões físicas e castigo no quarto por vários dias, o que impedia os irmãos de ir à escola.
Mais de uma vez, segundo a denúncia, ela chegou a amarrar os irmãos menores e obrigá-los a comer fezes e beber urina.
"No local instaurou-se verdadeiro quarto de torturas, executadas pela adolescente a mando do denunciado Ivanildes e com o incentivo das denunciadas Amanda e Rosângela", diz, na denúncia, o promotor de Justiça Fausto Luciano Panicacci, que ouviu várias testemunhas. como professores e um familiar das crianças,
De acordo com o promotor, os pais e a irmã mais velha incentivavam a prática, que ocorria havia pelo menos um ano. Para relatar ao pai o que fazia, a adolescente mantinha uma agenda, na qual anotava as torturas praticadas.
A investigação apontam que duas das crianças contaram na escola terem sido atacadas por um gato, como forma de justificar arranhões no rosto. A mãe e a irmã também chegaram a passar maquiagem para esconder os ferimentos.
Segundo o promotor, Ivanildes, Rosângela e Amanda assumiram o risco de produzir o resultado morte no menino "incentivando e acobertando, ao longo de meses, as torturas praticadas e permanecendo inertes mesmo ante os gritos da vítima".
Os três foram denunciados por tortura, formação de quadrilha, cárcere privado e tortura qualificada. Se condenados, a pena prevista para os crimes é de 13 a 35 anos de prisão. A reportagem não foi informada se a família já constituiu advogado de defesa.
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