Conforme dados da Justiça Eleitoral, apenas 26% dos candidatos a algum cargo eletivo em Mato Grosso nas eleições deste ano são mulheres.
Dos 433 candidatos de MT neste ano, apenas 102 são mulheres, diz TSE

Nenhuma mulher concorre ao Governo e ao Senado em Mato Grosso no pleito deste ano. Este dado pode parecer até natural, mas revela a existência de um quadro político dominado por homens, que muitas vezes impedem que mulheres pleiteiem vagas majoritárias. Hoje o Estado conta apenas com uma senadora: Serys Marly, que não conseguiu se credenciar dentro do PT para disputar a reeleição. Ao invés dela, o presidente estadual da sigla Carlos Abicalil conseguiu emplacar o seu nome e vai tentar uma das duas vagas disponíveis.

No topo da pirâmide disputam o Palácio Paiaguás o empresário Mauro Mendes (PSB), o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), o governador Silval Barbosa (PMDB) e o bancário Marcos Magno. Coincidência ou não, a última mulher a tentar ser comandante do Estado foi a própria Serys, derrotada pelo ex-governador Blairo Maggi (PR) em 2002. No pleito deste ano ela teve que se contentar em ser candidata a uma das oito vagas na Câmara Federal.

Neste grupo, o número de homens também é praticamente unânime. Apenas Thelma de Oliveira, viúva do ex-governador Dante de Oliveira, conseguiu um lugar ao sol, representando as mulheres mato-grossenses em Brasília. Conforme dados oficiais do TSE, neste ano, dos 433 candidatos de Mato Grosso, apenas 102 são mulheres. Apenas para as oito vagas na Câmara Federal existem 96 pretensos deputados federais, dos quais somente 25 são mulheres, o que equivale a 26%. Já na Assembleia Legislativa a situação não é muito diferente. Das 24 cadeiras existentes, apenas duas são ocupadas por mulheres: Vilma Moreira (PSB) e Chica Nunes (PSDB). Conforme o TSE, são 307 postulantes a deputado estadual, dos quais somente 77 são mulheres.