Região do cérebro funciona como escudo contra barulho durante sono
Cientistas nos EUA descobriram uma ligação entre o tálamo, região interna do cérebro, e a habilidade que algumas pessoas possuem de dormir mesmo com altos níveis de barulho no ambiente.
Jeffrey Ellenbogen e colegas da Escola Médica de Harvard usaram eletrodos para monitorar a atividade cerebral de 12 voluntários enquanto eles dormiam em um quarto totalmente escuro e a prova de som.
Depois disso, eles repetiram o experimento enquanto eram tocados 14 sons, incluindo "descarga de banheiro" e "barulho de tráfego nas ruas", em intervalos de 30 segundos.
Os sons eram repetidos, a volumes crescentes, até que as ondas cerebrais dos voluntários começassem a mostrar sinais de que eles estavam acordando.
Os voluntários que toleraram sons com maior volume antes de acordarem apresentaram maior frequência de "fusos do sono" - arroubos de atividade de curta duração com um comprimento de onda específico - durante um estágio do sono diferente do estágio REM ("movimento rápido do olho", em inglês), tradicionalmente associado à presença de sonhos.
Os fusos surgiram em uma região do cérebro chamada tálamo. Mais especificamente, os fusos originaram-se no centro de transmissão sensorial do tálamo.
A equipe suspeita que o tálamo aja como uma espécie de isolante, enviando sinais do fuso para evitar que outras áreas do cérebro percebam e respondam a estímulos externos.
Segundo Ellenbogen, o estudo - publicado na prestigiosa revista "Current Biology" - deve ajudar no desenvolvimento de soluções para melhorar a qualidade do sono de pessoas com problemas.
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