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Politica Brasil
Sexta - 06 de Agosto de 2010 às 17:37

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O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta sexta-feira achar estranho que uma carta apócrifa seja transformada em dossiê.

A declaração se refere a uma reportagem publicada no domingo pela Folha, que mostra que Mantega foi alvo de um dossiê que o próprio governo identifica como elaborado pela ala do partido egressa do sindicalismo bancário.

O material traz acusações de tráfico de influência no Banco do Brasil contra a filha de Mantega, a modelo Marina. No final de abril, o papel foi enviado para a presidência do BB, para o gabinete de Mantega e para a Casa Civil.

"Dar crédito a uma carta apócrifa? O que acho estranho é um jornal respeitável transformar uma carta apócrifa em dossiê. É como um passe de mágica", disse Mantega ao criticar a Folha.

"Parece o rei Midas, que transformava coisas em ouro, só que ao contrário. Transforma ouro em não sei o quê. Não sei a que ponto chegamos. Acho que faz parte da campanha eleitoral. Nenhum jornal que se preze deveria dar crédito a cartas apócrifas, que, aliás, não trazem nada de substancial."

OBJETIVO

A intenção do dossiê era forçar o ministro a desistir de nomear o vice-presidente do BB Paulo Caffarelli para a presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco), um colosso de R$ 150 bilhões de patrimônio.

Caffarelli acabou preterido por ordem do Planalto, mas os bancários também saíram enfraquecidos. O nome por eles defendido para assumir a presidência da Previ, Joílson Ferreira, não foi escolhido.

Além disso, os dois principais expoentes do grupo, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, perderam espaço no governo e foram alijados da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. 






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