Após "lição" com Muricy, Teixeira liga para São Paulo e Grêmio e reforça comissão de Mano

Na última segunda-feira, Mano Menezes foi apresentado como novo treinador da seleção, mas ele não foi o preferido de Teixeira. Três dias antes, o dirigente conversou com Muricy Ramalho, que acabou falando não após o Fluminense não liberar o treinador -- na ocasião, a direção do clube carioca reclamou de não ter sido procurada antes pelo mandatário do futebol brasileiro.

Mas diferentemente do que aconteceu com Mano, que teve que aceitar a cláusula de trabalhar apenas com a seleção e desta forma deixar o Corinthians, o preparador físico Carlinhos Neves poderá seguir seus trabalhos no São Paulo e o preparador de goleiros Francisco Cersósimo, o Chiquinho, também permanecer no Grêmio.

Antes de Neves e Chiquinho, Mano já contava como auxiliar técnico Sidney Lobo, que já acompanha os jogos da seleção sub-20, em Assunção, no Paraguai.

NOVELA CBF E MURICY

Muricy se reuniu na manhã do último dia 23 com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e com o assessor de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva, quando recebeu o convite para treinar a seleção, em um clube de golfe no Rio.

Após o encontro de duas horas com Teixeira, Muricy foi questionado se informaria primeiro o Fluminense, ele disse: "Claro". Mas ele não escondeu o sorriso ao ser perguntado se queria treinar a seleção: "Quem não quer?", disse, após duas risadas. "Mas falta conversar com o presidente do Fluminense."

Na tarde do mesmo dia, o Fluminense e seu patrocinador disseram que não foram procurados pela entidade que dirige o futebol nacional e que não iria liberar o treinador para a seleção. E mais: que iria renovar com o técnico por mais dois anos.

"Vamos honrar os compromissos assumidos. Temos compromisso verbal até 2012. O presidente da CBF não ligou para nós e fez um convite pessoalmente para o Muricy, foi um direito dele", disse Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do clube, na ocasião.