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MT Eleições 2014
Sexta - 23 de Julho de 2010 às 09:34
Por: Romilson Dourado

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Os tucanos Nilson Leitão e Thelma de Oliveira continuam se estranhando. Já não se bicam mais desde o mês passado, com a definição do quadro de concorrentes e arrancada da campanha. Como há projeção do coligação proporcional PSDB-DEM eleger dois deputados federais, chegando a mais de 250 mil votos e com boa sobra, uma das cadeiras ficaria com a agremiação tucana, disputada de forma acirrada pelo ex-prefeito de dois mandatos de Sinop e pela já deputada Thelma, viúva do ex-governador Dante de Oliveira, que faleceu em 2006. A outra vaga seria para o ex-governador Júlio Campos, principal aposta do DEM e que apresenta maior capilaridade eleitoral e estrutura.

A campanha de Leitão ganhou força e respaldo na Grande Cuiabá, com o apoio recebido do candidato a governador do grupo, ex-prefeito Wilson Santos. É que o sinopense foi o principal avalista do processo que resultou na escolha do seu amigo e deputado Dilceu Dal Bosco (DEM) como vice da chapa de Wilson. Leitão cobrou e o ex-prefeito da Capital concordou em transferir sua base eleitoral para o candidato que já apresenta boa inserção eleitoral em Sinop, onde comandou administrativamente por oito anos. Essa parceria Wilson-Leitão deixou Thelma irritada. É que ela perdeu espaço no seu próprio terreno. Além disso, ao menos por enquanto, Thelma demonstra ter menos estrutura de campanha, enquanto Leitão abriu QG em Cuiabá e contratou mais de 200 pessoas e está avançando para outras regiões, como Oeste e Baixo Araguaia.

No PSDB, há outros nomes no páreo para federal, como do ex-governador Rogério Salles (2002) e do empresário Paulo Freitas, mas a briga está mesmo polarizada entre Leitão e Thelma. Em princípio, seria a deputada quem apresentava sinais de investir pesado em busca do terceiro mandato, principalmente por ser a presidente regional do PSDB e por deter controle do caixa, inclusive sobre contribuição financeira da cúpula nacional. Agora, percebe-se que é Leitão quem demonstra maior poderio financeiro e logístico. Se de um lado o ex-prefeito de Sinop tem Wilson como cabo eleitoral na Baixada Cuiabana, Thelma conta com o ex-senador Antero de Barros, que disputa de novo vaga no Congresso Nacional.

Embora não admitam publicamente, os candidatos calculam que são necessários ao menos R$ 2 milhões para garantir uma das oito vagas na Câmara Federal. O curioso é que, paradoxalmente, com salário de R$ 15 mil mensais, um deputado vai atuar os quatro anos de mandato e não conseguirá recuperar metade do que "torrou" na campanha.





Fonte: RD News

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