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Concursos/Empregos
Sexta - 23 de Julho de 2010 às 01:16

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Cerca de 87% dos internautas brasileiros utilizam uma rede social, indica uma pesquisa inédita feita pelo Ibope. Por razões pessoais, 83% usam os serviços, mas 1/3 também participa para buscar oportunidades de trabalho. É uma tendência de mercado.

As redes sociais são territórios da diversão, da paquera, da amizade. “Eu sou das pessoas que entra todo dia, a primeira coisa que eu faço é abrir orkut e Facebook”, diz uma usuária. “Queira ou não, é uma forma de você manter contato com pessoas que acaba não vendo muito”, afirma outra. “Tudo que você está sentindo, está vivendo, põe na sua rede social”, explica mais um.

Uma empresa de recrutamento anuncia as vagas nas principais redes. “Se você anuncia uma vaga, no minuto seguinte começam a chegar currículos. E as empresas não querem mais esperar 3 meses por um candidato, elas às vezes nos dão uma semana pra fazer um processo seletivo. E aí as mídias sociais têm uma resposta muito rápida”, conta a presidente do Grupo Foco, Eline Kullock.

Quem cadastra o currículo no site é convidado a escrever no blog da empresa - que serve pra avaliar a criatividade do candidato. A estudante de psicologia Tatiana Kielberman, de 23 anos, tinha um blog - e isso ajudou na contratação. “Se preserve, mas não duvide do poder que as redes sociais podem exercer na sua carreira profissional”, aconselha ela.

Pra atrair novos profissionais, uma empresa de auditoria criou vídeos sobre a rotina de alguns executivos e divulgou na internet. Deu certo. O número de candidatos no processo seletivo aumentou 25%. Sócio da empresa, Sérgio Romani explica o tipo de profissional que apareceu: “Pessoas mais espertas, mais antenadas, mais conectadas do que a gente via antes, pessoas mais inquietas, que é o público que a gente procura, perfil mais dinâmico, mais empreendedor”.

Algumas empresas resolveram dar um passo a mais. Depois de ouvir um grupo de jovens estudantes, o setor de recursos humanos de um banco criou uma rede social na internet na qual o candidato, além de cadastrar o currículo, participa de cursos à distância e ainda recebe uma orientação profissional.

“O que a gente quer é que essa ferramenta seja tanto para educação como para contratação. Seja a única fonte de recursos de contratação de todos os jovens aqui no banco”, diz a superintendente de RH, Paula Janetti.

Mas isso é só o começo. O olho no olho ainda pesa muito na hora de contratar.

“A entrevista vai contar muito, a forma como ele se coloca na dinâmica de grupo vai contar muito”, diz Eline Kullock.

“Quando você chega, se você não tem empatia com a pessoa com quem você vai trabalhar, se você não tiver o contato com a pessoa, você não vai conseguir fazer um bom trabalho. Então esse pedaço continua existindo sempre”, conclui Paula Janetti.






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