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Polícia Brasil
Terça - 20 de Julho de 2010 às 21:14

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O laudo sobre o exame necroscópico realizado por médicos legistas no corpo da advogada Mércia Nakashima, 28, concluiu que ela morreu em consequência de afogamento.

A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo IML (Instituto Médico Legal) ao delegado Antônio Assunção de Olim, responsável pela investigação sobre a morte da advogada.

Ainda segundo o documento, Mércia foi baleada no braço esquerdo, o que indica uma tentativa de defesa, e o tirou a atingiu no maxilar. No entanto, não foi esse ferimento que a matou. A bala é de um revólver 38.

Robson Ventura/Folhapress
Mizael Bispo de Souza, suspeito de ter matado Mércia Nakashima, chega ao DHPP para prestar depoimento
Mizael Bispo de Souza, suspeito de ter matado Mércia Nakashima, chega ao DHPP para prestar depoimento



Segundo peritos da Polícia Científica, os demais laudos que podem ou não colocar o advogado Mizael Bispo de Souza -- ex-namorado de Mércia, principal suspeito de ter assassinado a advogada, segundo a polícia-- na cena do crime ficarão prontos no início de agosto.

O carro e corpo de Mércia foram encontrados na represa de Nazaré Paulista (a 64 km de São Paulo) em junho. A polícia apreendeu sapatos de Souza para analisar se a terra encontrada no calçado é a mesma da encontrada na represa. O suspeito alega que seu sapato estava sujo da terra da rua da sua casa.

O perito Renato Pattoli, que trabalha no caso, afirmou que este laudo com a análise da terra ainda não ficou pronto e contestou a informação divulgada pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, no domingo (18).

"Não sei de onde saiu essa informação, é especulação. Os sapatos estão sendo analisados hoje. Qualquer mineral que se pegar no Estado de são Paulo, a análise mineralógica vai dar compatível porque o planalto sedimentar é de uma mesma formação, de mesma origem. Esse tipo de análise que falaram [no "Fantástico"] eu nem vou pedir porque vai dar compatível. Existem outros referenciais na terra que eu pedi, que estão sendo feitos", afirmou Pattoli.

A polícia apresentou nesta terça-feira uma nova prova contra Souza. Ele ligou 16 vezes para o vigia Evandro Bezerra da Silva, no dia em que a advogada desapareceu. As ligações, no entanto, foram feitas de um celular que não foi apresentado à polícia.

Souza foi ouvido hoje por cerca de duas horas no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo. O depoimento contou com a presença do promotor Rodrigo Merli Antunes e de Pattoli. O delegado Antônio de Olim, do DHPP, disse que Souza mentiu durante os depoimentos e que pedirá a prisão preventiva do suspeito,

CASO

Mércia foi vista pela última vez na casa dos seus avós no dia 23 de maio. O carro da advogada foi encontrado no dia 10 de junho em uma represa na cidade de Nazaré Paulista (a 64 km de São Paulo), após indicação de um homem que viu o veículo ser empurrado enquanto pescava. No dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local, após ela ter ficado desaparecida por 17 dias. 






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