Embraer anuncia dois contratos de até R$ 10 bilhões em feira na Inglaterra
A Embraer anunciou nesta terça-feira, durante a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, a assinatura de dois contratos de encomendas que podem lhe render até R$ 10,35 bilhões.
O primeiro prevê a venda de 35 jatos modelo 175 para a companhia britânica de baixo custo Flybe. O valor do contrato, a preço de lista, é de US$ 1,3 bilhão --cerca de R$ 2,32 bilhões pela cotação de ontem.
O contrato prevê ainda mais 65 opções de compra e mais 40 direitos de compra. Se exercidos os direitos e opções, o contrato sobe para US$ 5 bilhões (R$ 8,93 bilhões).
"É bom ver empresas apostando em crescimento apesar do ambiente na Europa", declarou o presidente da Embraer, Frederico Curado, ao anunciar a venda para a Flybe.
A Embraer também anunciou a assinatura de uma carta de intenções para a venda de 15 jatos 190 para a empresa de aluguel (leasing) e financiamento de aeronaves Air Lease Corporation, no valor de US$ 600 milhões. Além disso, o negócio inclui cinco opções de venda, totalizando 20 jatos 190 --totalizando US$ 800 milhões (R$ 1,42 bilhões).
Empresa criada no ano passado em Los Angeles, Califórnia, a Air Lease já tinha divulgado na segunda-feira um dos maiores contratos da feira, a compra de 51 jatos Airbus, no valor de US$ 4,4 bilhões.
Os novos contratos da Embraer se somam aos anunciados na segunda-feira: 5 jatos Embraer 195 para a Azul e 2 Embraer 190 para a Trip, contratos de US$ 211 milhões e US$ 80 milhões.
Depois de dois anos de crise, os contratos anunciados em Farnborough vão permitir uma retomada no crescimento do valor da carteira de pedidos da Embraer, o chamado "backlog". Antes da crise de 2008, o "backlog" da Embraer era de US$ 19 bilhões.
Em 30 de junho deste ano, estava em US$ 15,2 bilhões. Agora, com a venda para Flybe e Trip, ele sobe para US$ 16,5 bilhões. Os jatos da Azul já estavam contabilizados na carteira de pedidos da Embraer desde o final do ano passado. Os da Air Lease só poderão entrar para o "backlog" quando forem concretizados.
Nos dois primeiros dias da feira de aviação, os contratos já passam de US$ 30 bilhões, em um sinal de retomada das atividades no setor aéreo.
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